31 janeiro 2013

Reabilitação em Portugal está aquém da Europa


Embora a reabilitação tenha evidenciado um maior dinamismo em Portugal com o agudizar da crise, o nosso país ainda está aquém da Europa neste campo, após várias décadas em que foi dada prioridade à construção nova. E, segundo o Euroconstruct., prevê-se que a reabilitação no nosso país ainda venha a registar alguma retração até 2014. 

Enquanto que o nosso país tem apostado essencialmente na construção nova, nas últimas décadas a requalificação urbana sempre foi valorizada no resto da Europa . De acordo com os dados da Euroconstruct, em 2010 a engenharia civil registava 16% de projetos novos na Europa Ocidental, enquanto que Portugal este valor era de 28%. Já as reabilitações variavam de 8% na Europa e 5% em Portugal. 

Por segmentos, a construção nova não residencial, em 2010, situava-se em 18% nos países europeus e 22% em território português, segundo o Euroconstruct. Contudo, a requalificação desse tipo de edifícios apresentava números diferentes: 15% na Europa Ocidental e apenas 6% em Portugal. Quanto ao sector residencial a construção nova representava 17% na Europa e 20% no nosso país. Enquanto a reabilitação habitacional era de 27% nos países europeus e 19% a nível nacional. 

No geral europeu, a reabilitação de edifícios cresceu 0,8%, embora ainda seja um valor inferior à nova construção. A maioria dos países (13) regista previsões positivas para a requalificação, com destaque para a Hungria (+4,9%), Polónia (+3,7%), Noruega (+3,3%) e Finlândia (+3,2%). Já em Portugal no período de 2011 a 2014, perspectiva-se uma retracção deste indicador na ordem dos -1,4%. 

Apesar destas perspectivas a reabilitação tem vindo a crescer de forma ténue nos últimos tempos em todo o país. Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), a partir de 2003 a construção nova registou quebras contínuas, com um ligeiro crescimento no ano de 2005. Em resultado da quebra nos projectos de raiz, verificou-se um aumento da importância relativa da reabilitação em relação ao total de obras concluídas. 

De 2001 a 2011 a representatividade das obras de reabilitação sobre a construção nova dos edifícios de habilitação familiar foi de 21,6%, atingindo o seu valor máximo em 2011, de 28,5%. O maior número de reabilitações regista-se em Lisboa, que em 2001 era de 4,6% e em 2011 atingiu o valor de 29%.

Fonte: VI

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