24 fevereiro 2013

Até os outlets precisam de turistas para viver


Os turistas, principalmente os que vêm de fora da comunidade europeia, estão a ajudar o Freeport, em Alcohete, a manter os bons resultados. "Nos últimos cinco anos, o volume de negócios conseguido com os turistas de fora da comunidade europeia cresceu quase 50%, passando dos cinco para os sete milhões de euros", disse ao Dinheiro Vivo, o diretor-geral deste outlet, o maior de Portugal, com 150 lojas. 

De acordo com o responsável, este crescimento é particularmente mais relevante junto dos turistas brasileiros, que "cerca de 33% do que gastaram em compras na zona da Grande Lisboa foi consumido no Freeport". Aliás, adianta ainda Nuno Oliveira, no ano passado, o Freeport passou a ser a terceira zona comercial da Grande Lisboa onde os turistas gastam mais dinheiro. 

Para o diretor-geral deste outlet, o crescimento dos gastos dos turistas permitiu colmatar a quebra sentida nos gastos dos portugueses e manter o volume de negócios nos 103 milhões de euros, ou seja, igual ao registado em 2011. 

No geral, ressalva Nuno Oliveira, apesar de o número de visitantes (que pode ser a mesma pessoa mais do que uma vez) ter caído 5% em 2012 para quatro milhões, o volume de dinheiro gasto por visita aumentou. "É a chamada compra inteligente que é muito comum em tempos de crise. Aqui podem comprar mais por menos", explicou o diretor-geral da empresa, acrescentando que, em média, cada visitante do Freeport gasta 35 a 36 euros. 

Nesse sentido, adianta, o Freeport tem demonstrado um comportamento oposto ao sentido nos centros comercias onde aumentam o número de visitas mas cai o volume de dinheiro gasto. Segundo um estudo recente da Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC), em 2012 registaram-se quebras tanto no número de visitas como de vendas, mas ainda assim foi mais significativa nas vendas. 

De acordo com esses dados, no ano passado os 92 espaços comerciais associados da APCC receberam 112 milhões de visitantes, o que representa uma descida face aos 120 milhões de 2011. Já as vendas, caíram 6% no ano passado, em comparação com o ano anterior.
Fonte: Dinheiro Vivo

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