06 fevereiro 2013

C&W: Volume de transações na Europa vai crescer 5 a 6% em 2013


O mercado de investimento imobiliário comercial europeu ganhou novo impulso no final de 2012, com o volume trimestral mais alto desde 2007, revela a Cushman & Wakefield, que aponta para uma subida de 5 a 6% no volume de transações este ano.

O mercado de investimento imobiliário comercial na Europa voltou a ganhar ânimo nos últimos meses de 2012, tendo registado o volume trimestral mais alto desde 2007, ao atingir 43,7 mil milhões de euros, indica a Cushman & Wakefield (C&W).

O valor total de investimento no exercício transato cresceu apenas 1,5% em termos homólogos, para 133,8 mil milhões de euros. No entanto, a consultora prevê que a recuperação do setor ganhe ímpeto em 2013, referindo que mais estabilidade económica e confiança dos investidores conduzirão a um aumento da atividade de investimento imobiliário.

Marta Esteves Costa, associate, diretora do departamento de research & consultoria da C&W, afirma que "o risco continua elevado na maioria dos países da Europa, mas as perspetivas de estabilidade económica e as previsões de recuperação (mesmo que lenta), devem levar a uma maior confiança em 2013". A responsável considera que "a forte correção já registada no valor dos ativos deverá atrair compradores logo que se confirme uma maior segurança e sustentabilidade do rendimento". Como resultado, "acreditamos que haverá um aumento no volume de transações este ano, na ordem dos 5 a 6%, para cerca de 140 mil milhões de euros.

A C&W acrescenta que os investidores continuam focados nos mercados core, apesar de, ao longo de 2012, a França, o Reino Unido e a Alemanha terem registado um ligeiro decréscimo na sua quota, de 62 para 61%. Os países nórdicos ganharam terreno, com quotas de 17,9% face aos 15,3% de 2011 - a Finlândia e a Noruega foram os que registaram maior dinâmica no setor. Já países como a Grécia, Irlanda, Itália, Portugal e Espanha tiveram uma quebra de 26% em termos de investimento imobiliário comercial, levando a sua quota para 3,8%, contra a média de 11% dos últimos dez anos. 

O investimento de origem estrangeira continua a dominar a região, tendo assinalado um aumento de 19% em relação a 2011, enquanto o investimento local desceu 3,9%. Nos mercados core, o investimento do exterior subiu 31,4%, o local desceu 0,6%. Já nos mercados em dificuldades e nos emergentes, tanto o investimento estrangeiro como nacional caíram 25%. 

Em termos de setores, o dos escritórios foi o que registou maior volume de investimento, com um acréscimo de 5,6%. O setor industrial caiu 9,9% e o de retalho 21,9%. 

Em Portugal, o total de negócios de investimento imobiliário comercial em 2012 somou pouco mais de 100 milhões de euros, uma queda de mais de 50%. Considerando todos os negócios de investimento imobiliário, incluindo o residencial, o valor total ascende a 350 milhões de euros, num crescimento de 39% face ao ano anterior. A C&W destaca que este valor difere consideravelmente das estimativas anunciadas em dezembro, o que "se explica pelo anormalmente alto volume de negócios dos fundos de investimento imobiliário nacionais" nesse mês. 

O investimento externo no País ao longo do ano teve um peso equivalente ao de 2011, cerca de 14% do capital investido, representado por quatro negócios, dos quais apenas um foi realizado por um investidor institucional. 

Em relação ao tipo de investidores no mercado, à semelhança de 2011, manteve-se a predominância dos fundos de investimento nacionais, responsáveis por 77% do total investido. Seguiram-se as empresas do mercado imobiliário, com um peso de cerca de 13%, e os pequenos investidores privados, ou family offices, com 10%.

Fonte: OJE

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