26 fevereiro 2013

European Office Clock da Jones Lang LaSalle revela queda nas rendas de escritórios na Europa


Segundo o European Office Clock da Jones Lang LaSalle, que monitoriza a performance das rendas prime de escritórios na Europa, contraiu pelo 4º trimestre consecutivo, registando uma queda de 0,6% no 4º trimestre de 2012, ficando assim 1,5% abaixo face a igual período do ano anterior.

De acordo com informação enviada ao Construir pela consultora imobiliária, as principais quedas de rendas ocorreram em Moscovo (-4,2%), Milão (-3,8%) e Paris (-3,1%), tendo sido compensadas por subidas em Lyon (+5,6%), Dusseldorf (+4,0%) e Munique (+1,6%).

Para além disso, nove mercados registam agora rendas abaixo dos níveis observados no final de 2011, incluindo Dublin (-6,3%), Madrid (-5,8%) e Milão (-5,7%). Segundo a Jones Lang LaSalle, as rendas em Paris também recuaram cerca de -7,2%. Contudo, ao longo do ano, outros oito mercados monitorizados neste índice observaram subidas nas rendas prime, liderados por Dusseldorf (+8,3%), Lyon (+5,6%) e Luxemburgo (+5,3%).

Lisboa manteve os seus níveis de renda prime em 222 €/m²/ano no 4º trimestre de 2012, um valor que não apresenta diferenças face ao trimestre anterior bem como face a igual período do ano passado.

Mariana Seabra, Directora do Departamento de Office Agency e Corporate Solutions, explica: “Apesar de, globalmente, no mercado de Lisboa, a renda prime se ter mantido estável no trimestre, quando segmentamos por zona, as rendas prime estão pressionadas em baixa, com especial enfoque no Parque das Nações e no Corredor Oeste, onde a disponibilidade de espaços é mais elevada. Por isso, os proprietários mantiveram-se empenhados em reter e captar inquilinos, seja através da renegociação das rendas praticadas seja no incremento de incentivos. Em 2013, as perspectivas são para que estas duas tendências se mantenham”.

Lee Elliott, Head de EMEA Research, da Jones Lang LaSalle, disse: “Apesar das políticas desenvolvidas para superar a crise, uma confiança empresarial fragilizada levou a que os ocupantes corporativos continuassem a focar-se na contenção de custos, tendo estado relativamente prudentes nos mercados de arrendamento. Contudo e uma vez que garantir espaço moderno para impulsionar a transformação dos ambientes de trabalho se tem tornado um motor de actividade para algumas organizações, esperamos que as rendas prime possam estabilizar a curto prazo e subir à medida que a oferta do mercado se polarize ainda mais”.

Em comunicado enviado ao Construir, a consultora revela que a taxa de disponibilidade para a região continuou a cair lentamente, uma situação suportada pela manutenção dos baixos níveis de oferta de novos escritórios. Segundo a mesma fonte, a taxa de disponibilidade média europeia caiu cerca de 10 pontos base no trimestre (- 30 pontos base em termos homólogos) para 9,6%. Treze dos 24 mercados monitorizados no Índice registam agora taxas de disponibilidade abaixo dos níveis observados no 4º trimestre de 2011, liderados por Frankfurt (-200 pontos base). Os espaços de escritórios modernos em boas localizações estão a registar uma boa procura e serão facilmente absorvidos, mas as taxas de disponibilidade continuarão a ser influenciadas pelo lançamento no mercado de mais espaços usados.

Segundo a Jones Lang LaSalle no 4º trimestre de 2012, os escritórios contabilizaram 50% do total dos volumes de investimento imobiliário – cerca de €23 mil milhões de um total de €46 mil milhões. Trata-se de um crescimento de 73% face ao trimestre anterior, motivado, em parte, pela forte actividade trimestral registada em França e na Alemanha (+134% e +98%, respectivamente) e pelo crescente interesse nos Países Nórdicos, como mostra a recente venda da sede da Statoil em Oslo a um consórcio de investidores por €430 milhões.

Chris Staveley, Head de EMEA Office Capital Markets, comenta: “O ano de 2012 foi muito dinâmico para o mercado de investimento em imobiliário de escritórios na Europa. Os volumes totais de investimento neste segmento alcançaram os €65,7 mil milhões, acima dos €53 mil milhões em 2011. Isto quer dizer que 2012 esteve ao nível de 2004 e 2005 em termos de volumes, sendo o montante anual mais elevado desde 2006/2007, altura em que os mercados aceleraram devido à disponibilidade de financiamento”.

Fonte: Construir

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