Na próxima semana, a mediadora fará 15 encontros em cidades de Norte a Sul com sete mil casas para vender. Valores oscilam entre os 75 mil e os 200 mil euros
O preço médio do mercado imobiliário está em queda, e os investidores começaram a identificar o sector como um dos que mais garantias dão aos investidores de um bom retorno. Estes são os dois vectores que ajudam a explicar a vontade da Remax em seduzir os "pequenos e médios aforradores" para a possibilidade de fazerem negócios vantajosos. Para isso, a mediadora imobiliária tem marcados para os dias 8 e 9 de Maio, quarta e quinta-feira, vinte ações espalhadas por todo o país, em que tem entre 6.000 e 7.000 imóveis disponíveis.
O diretor-financeiro da Remax, António Falé, identifica um "target" para esta ação, a primeira que a mediadora realiza neste âmbito. "Estamos a apontar estas iniciativas para pequenos e médios aforradores, pessoas que têm poupanças entre 75 mil e os 200 mil euros e possam estar interessadas em ter mais rentabilidade do que hoje têm na banca", explica.
Há ainda mais um grupo que interessa à Remax enquanto alvo, "Por o preço das casas estar mais atrativo, há pessoas que não têm dinheiro disponível, mas têm capacidade de aceder ao crédito. Com os imóveis da banca que temos, e a baixa de preço, queremos cativar essas pessoas para que possam diversificar os seus investimentos", identifica Falé.
Preço das casas a baixar 20%
O mesmo responsável aponta a diferença que atualmente diz existir nos ganhos de um investimento de igual valor tem numa casa ou numa aplicação financeira.
"Penso que para estes valores (entre 75 e 200 mil euros) será muito complicado ter uma rentabilidade superior a 2,5%/3%. No imobiliário estamos a falar de 5% a 6% ao nível das rendas", refere António Falé, mesmo incluindo todas as despesas inerentes à conservação do imóvel, ao IMI, e à comissão da mediadora. "Ainda assim, a rentabilidade financeira do imobiliário será quase o dobro", acrescenta António Falé.
A CEO da mediadora, Beatriz Rubio, acrescenta: "Um depósito a prazo no valor de 20.000 mil contos (100 mil euros) efetuado em 1962 desvalorizou aproximadamente 1,9% ao ano, enquanto a evolução do valor de oferta para um imóvel cresce a 2,7% ao ano, de acordo com o Índice Confidencial Imobiliário. Esta discrepância, com tendência a acentuar-se, demonstra que o investimento em património imobiliário é mais rentável", acredita.
No que diz respeito à quebra média do valor de compra dos imóveis, o diretor-financeiro da Remax refere que "não há um valor concreto", mas deverá andar "na casa dos 20%, em média". Falé garante que esta é seguramente uma boa altura para comprar, mas ainda assim deixa um "outlook" relativamente indefinido. "Obviamente que mesmo sem garantias futuras e sem prognósticos, mas face àquilo que tem sido o mercado financeiro e a queda do imobiliário, esta é uma ótima oportunidade", defende.
Objetivo é vender 50%
A Remax agrega nesta ação entre 6.000 e 7.000 casas para venda, com "expetativas muito elevadas" de conseguir pelo menos transacionar metade destes imóveis.
Para António Falé, esta iniciativa visa apresentar os imóveis selecionados pelas agências, em cada uma das zonas do País, e, "através de um estudo de mercado indicar um valor de compra, e depois uma expetativa de renda em função do rendimento". "Cada um dos nossos agentes terá 4 a 5 casas para mostrar", salienta o diretor-financeiro.
Fonte: Negócios
0 comentários:
Enviar um comentário
Obrigado pelo seu comentário.