De acordo com dados da consultora imobiliária Cushman & Wakefield (C&W), no primeiro semestre de 2013 registou-se um aumento do volume de investimento no imobiliário comercial nacional (excluindo o investimento institucional no sector residencial) para cerca de 153 milhões de euros, o que representa um aumento de 41% face ao volume total do ano anterior.
Contudo, a consultora alerta que este valor foi bastante influenciado por uma única transacção. Mais concretamente, a venda de 50% do centro comercial CascaiShopping, por parte de um fundo gerido pela Rockspring à Sonae Sierra (que já detinha os outros 50%).
A Cushman & Wakefield refere também que no primeiro semestre de 2013 continuou a sentir-se pouco dinamismo por parte dos investidores nacionais e estrangeiros no mercado imobiliário português, sendo que no primeiro semestre não se verificou qualquer aquisição por parte de estrangeiros. Este dado compara com a média de 46% das transacções totais que se verificou ao longo da última década. A consultora alerta que esta tendência contraria o que se está a verificar na Europa, em que o investimento estrangeiro tem desempenhado um papel fundamental na maior parte dos sectores.
Contudo, Eric van Leuven, managing partner da Cushman & Wakefield salientou que, “Apesar da actividade de investidores estrangeiros no mercado imobiliário no primeiro semestre ter sido nula, já se consegue vislumbrar algum interesse no nosso mercado por parte de compradores estrangeiros”. Entre os potenciais investidores interessados incluem-se ‘family offices’ (fortunas familiares geridas por profissionais), fundos oportunistas sobretudo de origem americana e, mais recentemente, também alguns fundos imobiliários e de pensões europeus, mais tradicionais. Em termos sectoriais, o retalho, representou cerca de 89% do total do investimento imobiliário no primeiro semestre, seguido pelos escritórios, com 10% do volume total investido, e o sector industrial, com uma representatividade marginal.
Eric van Leuven lembra ainda que "o imobiliário português, que sempre primou pela qualidade, começa a ter agora também um preço atractivo".
Fonte: Económico
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