O fundo de investimento Blackstone, com uma presença muito forte no Brasil, está a reestruturar o seu enorme portfólio de ativos imobiliários e a acelerar a venda de ativos localizados nos EUA com vista à aquisição de novos imóveis na Europa e na Ásia.
Com 64.000 milhões de dólares em ativos sob gestão, a Blackstone gere uma das maiores carteiras imobiliárias a nível mundial.
“Vivemos um período no qual se poderá assistir a uma aceleração” da compra e venda de ativos imobiliários, afirmou Tony James, diretor de operações da Blacstone. O responsável falava numa conferência com analistas, durante a qual foi revelado que o grupo obteve “14.000 milhões de dólares no segundo trimestre de 2013, que no essencial serão destinados às atividades imobiliárias e de crédito”, destacou o presidente do fundo, Steve Schwartzman.
O Blackstone é o maior proprietário de hotéis nos Estados Unidos, estando atualmente a trabalhar para colocar em bolsa o seu maior ativos imobiliário: a Hilton Worldwide, adquirida em 2007 num negócio avaliado em 25.000 milhões de dólares e que incluiu também a tomada da sua dívida.´
Outra das prioridades atuais é a venda dos hotéis La Quinta, adquiridos em 2006 e avaliados em 4.500 milhões de dólares. Além disso, a Blackstone está também empenhada na entrada em bolsa dos supermercados Brixmor e do grupo Extended Stay Hotels, especializado em estadias de longa duração.
O grupo está também a investir na compra de alguns ativos imobiliários, incluindo a aquisição, por 2.700 milhões de dólares, de uma carteira de 30.000 apartamentos ao gigante industrial da General Electric, segundo informação avançada pela AFP (Associated France Press).
Durante o encontro com os analistas, Schwartzman explicou que nos EUA “os mercados estão mais saudáveis, as propriedades estão melhor e os mercados de crédito estão em muito boas condições”. Já “na Europa, pelo contrário, penso que isso não se sucede, existem muitos ativos sob pressão” e “as pessoas começam a aperceber-se disso, colocando muitos ativos para venda”, afirmou.
Segundo a AFP, recentemente a Blackstone encaixou 2.700 milhões de dólares com a venda da sua participação de 50% no complexo de escritórios londrino Broadgate ao fundo soberano de Singapura. Contudo, simultaneamente, o grupo lançou um novo fundo de investimento na Europa, com um capital de 5.000 milhões de dólares destinados ao setor imobiliário.
Entretanto, mais a Oriente, na Ásia, “no setor imobiliário, o nosso maior fundo asiático captou 1.500 milhões de dólares, o que mostra uma adesão entusiasta dos investidores”, salientou Schwartzman. E, segundo o The Wall Street Journal, a sociedade estará agora em negociações para comprar o grupo de construção Hong Kong Tysan por 2.500 milhões de dólares.
Em relação à sua atividade nas economias emergentes, este ano a Blackstone anunciou a compra, juntamente com o grupo brasileiro de habitação de luxo Patria, do promotor imobiliário brasileiro Alphaville Urbanismo. Avaliada em 1.000 milhões de dólares, esta operação representa o seu maior investimento até à data na economia brasileira.
Fonte: VI
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