28 agosto 2013

Recuperação de escritórios na Europa com diferenças acentuadas


JLL, Consultora imobiliária
As rendas prime dos escritórios continuam a recuperar de forma generalizada na Europa, afirma a consultora Jones Lang LaSalle no seu mais recente European Property Clock, referente ao segundo trimestre de 2013.
O European Prime Office Rental Index, que monitoriza a performance das rendas, cresceu cerca de 0,2% em termos trimestrais, embora se mantenha em terreno negativo (-0,7%) quando comparado com o mesmo período do ano passado. A Jones Lang LaSalle estima um crescimento moderado das rendas no resto do ano.

Mas os números agregados disfarçam a diversidade a que se assiste na Europa, com os mercados monitorizados a refletirem as diferentes condições económicas observadas na região. Em Lisboa, as rendas prime de escritórios mantiveram-se nos 222 euros/m2/ano (18,5 euros/m2/mês) no segundo trimestre de 2013, permanecendo inalteradas face aos primeiros três meses do exercício e ao trimestre homólogo. Dos mercados monitorizados, Lisboa apresenta, neste trimestre, a quarta renda mais barata da Europa, acima de Atenas (204 euros/m2/ano), Barcelona (213 euros/m2/ano) e Estugarda (222 euros/m2/ano).

A oferta europeia permanece limitada: a conclusão de novos edifícios de escritórios continuou a contrair no trimestre (-11%), alcançando um mínimo dos últimos 10 anos. Com apenas 720 mil m2 concluídos no segundo trimestre de 2013, os volumes de nova oferta ficaram 50% abaixo da média dos trimestres homólogos nos últimos cinco anos, refere a Jones Lang LaSalle. No primeiro semestre de 2013, a oferta de escritórios concluída na Europa alcançou os 1,5 milhões de m2, o que sugere uma ligeira redução do risco face aos volumes anuais previstos para 2013, inicialmente antecipados para mais de 4 milhões de m2. Não obstante, os níveis trimestrais de nova oferta deverão aumentar. 

Em Lisboa, foram concluídos na primeira metade do atual exercício apenas dois edifícios de escritórios, com um total de 14 mil m2. A consultora ressalva no entanto que, até ao final do ano, são esperados mais 83.500 m2, dos quais cerca de metade correspondem à nova sede da Policia Judiciária. Os restantes 50% são maioritariamente de construção especulativa, "situação explicada pela localização prime destes projetos, onde a oferta de espaços de qualidade tem sido escassa".

Fonte: OJE

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