De acordo com um estudo da consultora imobiliária Cushman & Wakefield (C&W), em 2014 só está previsto abrir um centro comercial - o Alegro Setúbal - que não é uma obra nova mas sim a expansão do hipermercado Jumbo. Este é, segundo o driretor-geral da Cushman, Eric Van Leuven, o único que está em obra e sem problemas financeiros.
Os outros dois centros que poderiam abrir em 2014 já estavam também previstos abrir este ano, mas acabaram por resvalar mais uma vez. Ambos foram parar às mãos dos bancos, porque os seus proprietários não conseguiram pagar os empréstimos, e estão agora à espera que os novos donos decidam o que fazer. As obras estão, por isso, paradas, e não há quaisquer perspectivas de quando é que poderão ser retomadas e quando poderão estar concluídas.
De resto, diz a Cushman, há mais quatro espaços comerciais, entre eles o Ikea no Algarve, que estão previstos, mas numa fase tão inicial de desenvolvimento que alguns ainda podem não avançar.
Este declínio dos centros comerciais em Portugal, que começou em 2010, não é só uma consequência da crise económica, mas sim uma correcção do mercado. "Parece haver algum cansaço da da massificação dos grandes centros de consumo", disse a responsável da área de research, Marta Esteves Costa na apresentação do estudo que faz o balanço do imobiliário nos primeiros seis meses do ano.
De acordo com esta responsável, o negócio do retalho está agora muito mais ligado ao crescimento do comércio de rua do que dos centros comerciais.
Prova disso é que este ano também só abriu um shopping em Portugal e nem sequer é novo, mas sim uma expansão de um espaço já existente, mais precisamente o Algarve Shopping. Ainda assim, é mais do que o que se passou o ano passado quando não inaugurou nenhum centro comercial.
Fonte: Dinheiro Vivo
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