Os preços das casas na China quer das novas construções quer das casas usadas, continuaram em alta em agosto na maioria das cidades e comparativamente ao mesmo mês de 2012, revela um estudo do departamento oficial de estatísticas.
Das 70 principais cidades monitorizadas pelo departamento, 69 registaram aumento dos preços na comparação anual e na análise para casas disponíveis no mercado -- excluindo as de proteção oficial --, o mesmo valor que dos resultados registados nos três meses anteriores e mais uma cidade do que o apurado em abril.
Já relativamente a casas usadas, os números mostram aumentos em 68 cidades, acima das 67 cidades que viram os preços subir em julho.
O governo chinês não disponibiliza um número nem uma percentagem global de variação de preços para o conjunto do seu mercado imobiliário, mas apenas constata as variações em comparações mensais e anuais.
O crescimento dos preços nas cidades mais importantes do país foi, de acordo com o departamento, significativamente mais altas quando comparadas com a subida de preços em cidades de segundo e terceiro nível.
Enquanto Pequim, Xangai, Cantão e Shenzhen -- estas últimas fazem fronteira com, respetivamente, Macau e Hong Kong -- registaram aumentos de preços entre os 18 % e os 20 %, nas cidades de menor relevância a subida não ultrapassou os 6 %.
Agosto constitui o oitavo mês consecutivo de subida dos preços do imobiliário na China, apesar das medidas governamentais lançadas em março por Pequim para tentar arrefecer o mercado.
Depois de anos de forte subida, o mercado imobiliário chinês arrefeceu ligeiramente a partir de 2010, depois da implementação de várias restrições à compra como o aumento do pagamento inicial ou as limitações de aquisição de uma terceira residência.
O setor voltaria, contudo, a animar em 2012 depois de Pequim ter introduzido várias medidas para impulsionar o crescimento económico entre as quais a diminuição das taxas de juro.
Perante o crescimento, o Conselho de Estado anunciou em março deste ano novas regras que afetam o mercado imobiliário do país, entre elas a criação de um imposto a pagar pelos vendedores e que pode atingir os 20 % dos lucros obtidos na transação.
Apesar disso, as medidas não arrefeceram o mercado e a subida dos preços continua como comprovam os dados oficiais.
Fonte: RTP notícias

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