04 novembro 2013

Investimento imobiliário comercial a dar sinais de recuperação


Portugal não ficou alheio ao crescimento no sector. Investidores estão mais confiantes no nosso país.
O investimento no mercado imobiliário comercial europeu começou a dar sinais de melhoria. No terceiro trimestre deste ano registou o maior crescimento desde 2007, segundo os dados divulgados pela consultora CBRE, em que foram registadas transacções no valor de 35,5 mil milhões de euros, uma subida de 21% face aos valores verificados em igual período do ano passado. 

Os mercados core da Europa Ocidental – Reino Unido, Alemanha e França – registaram a maior subida. O investimento no Reino Unido fixou-se no nível mais elevado desde o terceiro trimestre de 2007 ao registar transacções no valor 14,1 mil milhões de euros, uma subida de 19% face ao terceiro trimestre de 2012. Na Alemanha, o investimento cresceu 21% (6,2 mil milhões) e França também registou o valor mais elevado de investimento desde 2007, com 4,6 mil milhões de euros de transacções, um aumento de 39% face ao terceiro trimestre de 2012.

Apesar deste crescimento, a consultora diz que ainda é cedo para ver esta subida como sinal de recuperação de todo o sector imobiliário. “Estamos claramente no início da recuperação do mercado de investimento imobiliário comercial, mas que não se pode generalizar ao resto do sector. Os investidores estão focados em produtos que ofereçam garantias de rendimento a longo prazo e não se interessam por qualquer coisa”, disse ao i, o director--geral da CBRE Portugal, Francisco Horta e Costa. 

Crise Já os mercados mais afectados pela crise da zona euro – Irlanda, Itália, Portugal e Espanha – recuperaram a actividade no primeiro semestre, mantendo esta tendência no terceiro trimestre. “No Sul da Europa (Espanha, Itália e Portugal) o investimento imobiliário comercial totalizou 2,2 mil milhões de euros no terceiro trimestre de 2013, uma subida de 145% face ao terceiro trimestre de 2012”, adianta o estudo. “O crescimento em Portugal deve-se em primeiro lugar ao facto dos investidores já estarem convencidos que o país se vai manter no euro e por isso estão mais confiantes. Além disso, existem investidores novos no mercado português com outro tipo de motivações para investir, nomeadamente os investidores chineses por causa da lei dos vistos de residência (golden visa) e os brasileiros, motivados pela diversificação de aplicação de capitais. De uma forma geral há muita liquidez para investir, o que também faz com que os investidores alarguem o espectro dos mercados onde consideram investir”, afirma Francisco Horta e Costa.

As perspectivas para o mercado nacional neste segmento são animadoras, mas o responsável admite que “estamos longe dos valores de há cinco anos atrás, quando atingimos o pico do mercado. Até agora registaram-se no mercado 211 milhões de euros de investimento, mas vamos assistir à concretização de mais operações até ao final do ano”. Um quadro fiscal estável e atractivo, a justiça a funcionar, processos de licenciamento céleres e entidades governamentais e municipais que apoiem os investidores são vistos, por Francisco Horta e Costa, como elementos essenciais para atrair mais investimento.

Fonte: iOnline

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