14 dezembro 2013

Sede da Judiciária é o maior edifício de 2013


O complexo da nova sede da PJ custa €87 milhões, tem o tamanho de dez campos de futebol, possui heliporto e é o maior edifício construído em Portugal em 2013 e será inaugurado durante o primeiro trimestre de 2014. 
Os números da empreitada são impressionantes: €87,1 milhões de custo final, pago essencialmente com verbas do Orçamento do Estado (após um reajuste de €15 milhões no preço inicial de adjudicação), 80.000 m2 de área construída, 40 mil dos quais abaixo do solo, sendo destes 20 mil dedicados exclusivamente a estacionamento. 

O concurso público de conceção e construção, lançado em 2009 através de convite direto a cinco ateliês de arquitetura pré-selecionados, prevê ainda a requalificação de 19.000 m2 da antiga sede, construída em 1958, e a sua ampliação em mais 3.000 m2, num total de 102 mil m2 de área edificada, equivalente a dez campos de futebol. 

Erguido no coração da capital, no eixo em linha reta que vai da Praça Duque de Saldanha à Colina de Santana, o moderno complexo de escritórios da nova sede da polícia portuguesa de investigação criminal tem um heliporto, no topo de uma torre com 12 andares, com capacidade para aterragem dos pesados helicópteros da Marinha Portuguesa, os Westland Super Lynx Mk 95, uma 'sala de situação', adaptável a bunker em caso de ataque terrorista, uma carreira de tiro subterrânea e um remodelado Laboratório de Polícia Científica (LPC) com cinco vezes a área do atual. 

O arquiteto Miguel Saraiva, mentor do ateliê Saraiva + Associados — Arquitetura e Urbanismo, gabinete vencedor do projeto, adianta as premissas de elaboração de um edifício que se pretende "moderno, contemporâneo, sóbrio e sofisticado".

"No desenvolvimento do projeto foram tidas em conta algumas regras base, tais como a identidade, a funcionalidade, a segurança, a flexibilidade, a integração com a volumetria do edifício existente da PJ e toda a malha urbana envolvente", refere Miguel Saraiva. Na conceção do novo complexo-sede da PJ, que permitirá concentrar todas as direções e serviços espalhados pela cidade, os arquitetos desenharam "uma composição de recuos geométricos", atenuadora do "impacto sobre a envolvência urbana", gerando "uma repartição dos espaços em três volumes que proporcionam a criação de pátios com luz natural". 

Além da preocupação com a ecossustentabilidade e eficiência energética, a equipa liderada por Miguel Saraiva tentou, como o próprio descreve, "recriar a imagem do edifício existente de uma forma mais dinâmica, criando uma pele que contagia todo o edifício e lhe confere uma unidade harmoniosa". Neste contexto, todos os pormenores respiram arquitetura funcional. "As circulações, amplas e luminosas, foram projetadas de forma a reduzir os trajetos entre os diferentes serviços", adianta Miguel Saraiva. "A circulação do público é assegurada por circuitos específicos, sem contacto direto com a área de funcionários, garantindo assim níveis adequados de tranquilidade, pensados de forma a conter ocorrências anormais de segurança e a proteger pessoas e bens contra riscos de intrusão, roubo, vandalismo e sabotagem", esclarece o arquiteto.

Fonte: Expresso

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