09 janeiro 2014

Reabilitação é indispensável para a retoma da economia


Embora a conservação e reabilitação do património edificado constitua uma preocupação da sociedade, um simples olhar evidencia a degradação dos espaços urbanos, deixando claro que o que tem sido feito é insuficiente para cumprir os objetivos, consensuais, da sua manutenção e requalificação.
Ora, Portugal não pode permitir o aumento da degradação do património edificado por um vasto conjunto de razões que assumem particular relevância num momento de crise e de grande escassez de recursos como aquele que atravessamos. 

Desde logo, porque é sempre mais económico e eficiente fazer uma conservação regular do que deixar degradar as construções, obrigando a intervenções mais profundas, e também porque os custos decorrentes da sua inaptidão para uma utilização adequada são muito altos.

Enquanto alguns dos impactos dos trabalhos de reabilitação na Economia nem sempre são quantificáveis, dada a sua natureza e complexidade, outros são-no com toda a certeza e de forma muito positiva. Um aumento da produção de obras neste domínio terá efeitos na redução do desemprego e respetivos encargos sociais, na diminuição da fatura energética e, concomitantemente, num acréscimo das receitas do erário público, entre outras, pela via fiscal.

A altura de agir é, pois, agora mais premente que nunca, sob pena de a conservação das construções do País continuar a ser apenas atualizada de forma estatística - em sentido cada vez mais negativo - e de persistir a tendência recessiva que nos últimos tempos afeta a Economia nacional. Iniciativas como a da “Semana da Reabilitação Urbana” são absolutamente indispensáveis para alterar esta realidade.

Por Pedrosa Gomes Presidente da AECOPS

Fonte: VI

0 comentários:

Enviar um comentário

Obrigado pelo seu comentário.