É aqui que as dúvidas começam a surgir: estou a pagar um preço justo? Quais são as escolas que existem? E transportes? A zona é segura para viver?
Foi para dar resposta a estas questões que nasceu o Zizabi. O portal foi criado por cinco amigos para ajudar quem procura um novo sítio para morar, mas que desconhece por completo a zona envolvente.
“O projeto surgiu baseado na experiência que duas das pessoas envolvidas no projeto tinham do mundo imobiliário. Elas detetaram que quando as pessoas iam ver as casas, perguntavam sempre: “Ok, mas o que é que há aqui à volta? Há boas escolas? Há espaços verdes?””, conta Rui Neves, 31 anos, um dos co-fundadores.
“As perguntas variavam consoante as pessoas e eram informações que muitas vezes nem a pessoa da imobiliária sabia ou dava a resposta de forma errónea”.
Além de ter informação sobre as zonas – incluindo preços médios de imóveis para vender e arrendar – também é possível pesquisar diretamente por imóveis no portal.
A equipa fundadora – constituída por engenheiros informáticos e um matemático - aglomerou e correlacionou dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), dos Censos, do Ministério da Justiça e da Educação para classificar as zonas em termos de segurança, saúde ou educação, dando-lhes uma nota de 0 a 5.
Este exaustivo trabalho de tratamento de dados durou dois anos no total. O objetivo foi “classificar uma zona e, de alguma forma, influenciar a escolha de casa, de forma a não olhar para a casa apenas como as quatro paredes, mas também para toda a envolvência”, explica Rui Neves.
A funcionar há seis meses, o investimento foi de 80 mil euros e ganhar dinheiro com o portal não é a primeira prioridade dos fundadores do Zizabi, que conta com 2 mil visitas diárias em média.
“Neste momento não temos publicidade e isso é consciente. O que estamos a fazer é tentar mudar a forma como os utilizadores olham para a escolha de casa e como é que a vão fazer no futuro”, afirma.
O projeto tem sido bem recebido, como explica Rui Neves. “O feedback que temos recebido é "era mesmo isto que faltava", principalmente nas pessoas que estão neste momento a escolher casa e de empresas que querem trabalhar connosco, que querem ser nossos parceiros”.
Para o futuro fica o desejo de criar no Zizabi "uma comunidade de utilizadores, que se interessam pela sua casa, que se interessam pelos locais onde vivem".
Fonte: Dinheiro Vivo
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