28 maio 2014

Reabilitação do centro histórico de Viseu atrai 16 empresas


Câmara municipal lançou cinco concursos para reabilitar sete edifícios, com um investimento previsto de 1,6 milhões de euros.
Viseu lançou cinco concursos para reabilitar sete edifícios do centro histórico. Com um investimento previsto de 1,6 milhões de euros, 16 empresas de construção e reabilitação apresentaram 41 propostas e aguardam agora a análise das mesmas.

O elevado número de empresas que participou nestes concursos lançados em Abril é "um sinal positivo da atractividade do centro histórico, num momento em que está em debate público a estratégia da sua revitalização", disse ao Diário Económico o presidente da Câmara de Viseu, António Almeida Henriques.

No total, as empreitadas representam um volume de investimento de 1,6 milhões de euros, para o qual o município tem garantido um financiamento reembolsável do Banco Europeu de Investimento (BEI) de 1,4 milhões de euros, ao abrigo do programa "Reabilitar para Arrendar". O objectivo da reabilitação destes sete edifícios é criar 15 fogos habitacionais destinados a arrendamento especialmente de jovens, que fixarão mais de 50 residentes no centro histórico, e seis novos espaços comerciais.

As obras deverão ter início no Verão e vão ser uma lufada de ar fresco para as empresas da construção, um dos sectores mais afectados pela crise. "Este concurso é importante para a actividade da empresa, até porque Viseu tem um enorme potencial de reabilitação dado o número de concursos que está a lançar", sublinhou ao Diário Económico, Leonel Viana, da Eri Engenharia, uma das 16 empresas que está a participar. No entanto só conseguiram apresentar uma proposta dentro da base legal - "era muito baixa", lamentou o responsável. E não é único. Também a Vilda, outra das empresas interessadas, apostou num concurso mas não conseguiu apresentar proposta também porque a base era muito baixa, explicou fonte da empresa. "Para quê? Uma pessoa vai enforcar-se", questiona a mesma fonte.

A Eri Engenharia, que tem um volume de negócios que ronda os 15 milhões e emprega 110 pessoas, garante que tem capacidade para fazer a obra, sem ter de contratar mais empregados, até porque em 2006 criaram um departamento de reabilitação. Contudo, Leonel Viana admite que será "sempre necessário subcontratar algumas especialidades".

Também a António Lopes Pina, outra construtora que ambiciona ficar com quatro das empreitadas lançadas, admite que, se ganhar também terá se subcontratar. "Estruturas metálicas, caixilharias, estruturas de madeira", são algumas das áreas que Maria Lopes enumera como sendo necessário subcontratar. Esta empresa de Viseu, especializada em reabilitação e aproveitamento de fachadas, emprega 23 pessoas e tem-se dedicado mais à construção, mas para sobreviver à crise têm de fazer obras fora do distrito, nomeadamente Castelo Branco, Niza e até mesmo com a Câmara de Sintra.

O Município de Viseu pretende ainda lançar um o concurso para a reabilitação e exploração de um edifício para um hostel no centro histórico, na rua do Comércio, com uma área total de construção de 1120 metros quadrados, avançou Almeida Henriques, que está apostado em lutar contra o esvaziamento social e comercial do centro histórico, em especial a rua direita que concentra cinco dos sete edifícios que vão agora ser reabilitados.

Almeida Henriques, que foi secretário de Estado adjunto da Economia e do Desenvolvimento Regional, espera que "o novo QREN, que nasce este ano, traga mais oxigénio à regeneração dos centros históricos e à sua revitalização económica".

Fonte: Diário Económico

0 comentários:

Enviar um comentário

Obrigado pelo seu comentário.