A habitação e escritórios continuam a ser os segmentos mais dinâmicos do mercado imobiliário de Angola, avança a Proprime, na 6ª edição do Estudo do Mercado Imobiliário Angola, em conferência sobre investimento imobiliário realizada em Luanda.
Os segmentos de habitação e escritórios continuam a ser os mais ativos do mercado imobiliário de Angola, que experimenta atualmente uma nova fase de elevado crescimento, refere a mais recente edição do Estudo do Mercado Imobiliário Angola, destacando ainda que as oportunidades de investimento são, não obstante, transversais a todos os segmentos. O estudo nota também que esta nova fase de crescimento do mercado decorre, contudo, em moldes diferentes dos observados em outros períodos de expansão, já que as caraterísticas da procura, a profissionalização do mercado e ainda o papel do Estado são agora diferentes.
Realizado pela Proprime, o documento, que assinala em 2014 a 6.ª edição consecutiva, foi apresentado ontem em Luanda, durante a Conferência “Novos Veículos de Investimento no Sector Imobiliário em Angola”, evento que contou com o apoio e intervenção da empresa de consultoria e avaliações imobiliárias.
Francisco Barros Virgolino, diretor da Proprime, sublinha: “Depois de sofrer o impacto da crise financeira internacional, a qual acabou por refletir-se no abrandamento do ritmo de desenvolvimento, o mercado imobiliário angolano assiste agora a um novo período de expansão, embora numa conjuntura diferente e com características longe do início da década passada, em que se verificou um boom nas vendas a qualquer valor e uma absorção de produtos ainda em planta. Além de uma procura mais alargada e com o aumento do poder de compra a generalizar-se, e da crescente profissionalização da indústria imobiliária, o Governo tem atualmente uma enorme abertura na criação de mecanismos e programas que, por um lado, atentam no desenvolvimento económico e social do país e, por outro, permitam satisfazer as necessidades da população no acesso à habitação”.
“No mercado imobiliário, os segmentos de habitação e escritórios continuaram, em 2014, a ser os mais ativos, embora as oportunidades de investimento sejam também muito claras em mercados como o de retalho ou de imobiliário industrial”, acrescenta, destacando ainda que “outro setor a merecer atenção é o do investimento imobiliário. Passado um ano da aprovação da lei que criou a figura dos fundos de investimento imobiliário em Angola, a indústria imobiliária, os investidores institucionais e as instituições financeiras que operam neste mercado estão definitivamente mobilizados para a utilização deste tipo de instrumento, com a constituição de vários fundos de investimento imobiliário atualmente em curso por iniciativa das mais diversas entidades”, remata o diretor da Proprime.
O mercado de escritórios de Luanda continuou a registar bons níveis de procura - especialmente por parte das empresas das áreas financeira e petrolífera -, tendo em conta a conjuntura económica favorável e o seu impacto no consumo e no tecido empresarial. Apesar dos espaços modernos disponíveis serem ainda escassos, a nova oferta que surge no mercado apresenta cada vez mais qualidade, prevendo-se que nos próximos anos se atinja um maior equilíbrio entre a oferta e a procura de escritórios, e, por conseguinte, a uma normalização dos valores de mercado. A Baixa de Luanda é o prime CBD de escritórios, mas Talatona tem emergido cada vez mais como uma alternativa para as empresas, especialmente no que concerne a oferta de escritórios integrados em parques empresariais. A taxa de desocupação em Luanda continua entre as mais baixas do mundo. A renda média de escritórios em Luanda é atualmente da ordem dos 130 USD/m2ô, com uma yield que ronda os 16%.
Fonte: OJE
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