As famílias portuguesas continuam a ter dificuldades em cumprir o pagamento dos empréstimos contraídos. O crédito malparado aumentou em todos os segmentos, no mês de Maio, e em alguns casos, para o valor mais elevado de sempre.
Segundo os dados do Banco de Portugal, em Maio, o crédito de cobrança duvidosa nos particulares aumentou para os 4,17%, a percentagem mais elevada desde que há registos. Desde o início do ano, que o crédito de cobrança duvidosa nas famílias se mantém acima dos 4%.
No crédito à habitação, do total de crédito concedido, 2,36% é de cobrança duvidosa, o que representa também um máximo histórico. Já no crédito ao consumo, o malparado aumentou pelo quinto mês consecutivo e representa já 12,02% do total de financiamento concedido. Contudo, neste segmento, a percentagem de malparado chegou a atingir os 12,26% em Março do ano passado.
É nos empréstimos com outros fins (educação, energia e empresários por conta própria) que a percentagem de crédito de cobrança duvidosa é mais elevada. Do total de financiamento concedido, 13,71% está como malparado. Também esta percentagem é um recorde.
No que se refere às empresas, por casa 100 euros financiados, 13,15 euros não estão a ser pagos às instituições financeiras. Ou seja, o malparado das instituições não-financeiras superou os 13% (13,15%). Também esta percentagem nunca antes tinha sido alcançada.
A crise financeira que teve início em 2008 tem vindo a justificar o aumento do crédito malparado. A quebra dos rendimentos somada ao crescimento da taxa de desemprego tem impedido muitas famílias e empresas de pagarem as prestações dos empréstimos que contraíram.
Fonte: Negócios
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