O presidente do conselho de administração pretende dar “prioridade às intervenções simples, prédio a prédio” que disse serem “intervenções com um efeito de alavancagem do investimento privado muito significativo”. O presidente da administração da Porto Vivo anunciou ontem a “nova estratégia de intervenção” da sociedade de reabilitação, que passará por “dar prioridade à reabilitação simples”, intervir para além do Centro Histórico e conter de custos.
“A nova estratégia de intervenção vai dar prioridade à reabilitação simples, em detrimento de operações onerosas”, afirmou ontem o novo presidente do conselho da Porto Vivo, Álvaro Santos, durante uma conferência sobre o presente e o futuro da reabilitação urbana em Portugal.
Álvaro Santos quer agora implementar uma “estratégia que obedeça a rigorosos critérios de geração de impacte, potenciando mais o multiplicador do investimento público pelo caráter exemplificativo e replicativo das operações, e dados os efeitos de arrastamento sobre o investimento privado”.
À Lusa, o responsável enumerou três linhas de prioridade na nova estratégia para a Porto Vivo e que são o “reflexo do memorando de entendimento que foi assinado – a 08 de maio – entre o governo e a Câmara Municipal do Porto”
O presidente do conselho de administração pretende dar “prioridade às intervenções simples, prédio a prédio” que disse serem “intervenções com um efeito de alavancagem do investimento privado muito significativo”.
Quer também “estender a área de atuação [da Porto Vivo] para além do centro histórico” e “começar também a pensar na intervenção em alguns quarteirões” onde já existem “documentos estratégicos aprovados”.
Por fim defendeu a necessidade de “fazer um grande esforço de contenção dos custos operacionais e dedicar grande parte da energia à captação de investimento nacional, sejam de privados ou próprios particulares, e internacional”.
“Estamos já a estudar uma forma muito rigorosa de maximizar as oportunidades que advêm do Portugal 2020”, acrescentou.
Álvaro Santos garantiu por fim que na próxima assembleia da SRU, marcada para 11 de julho, serão aprovadas as contas de 2013, “já com o novo modelo das linhas estratégicas (…) e que vão orientar o plano de atividades plurianual”.
A 09 de junho, na primeira assembleia-geral após a assinatura do memorando de entendimento entre a Câmara do Porto e o Estado, foram aprovadas, depois de cinco adiamentos, as contas relativas a 2012.
A celebração do acordo permitiu então o "desbloqueio" de vários processos decisórios pendentes, nomeadamente a aprovação dos novos estatutos e a eleição dos novos órgãos sociais que contam com Álvaro Santos como presidente executivo do Conselho de Administração.
Os novos estatutos da Porto Vivo não irão alterar a estrutura acionista, mantendo-se o IHRU (em representação do Estado) com 60% e a Câmara do Porto com 40%, sendo esta a distribuição a aplicar na reposição dos prejuízos operacionais da sociedade, relativos a 2012 e 2013.
Já para viabilizar o funcionamento da sociedade, o compromisso é assegurado em partes iguais pelos dois acionistas, num total de dois milhões de euros anuais, durante cinco anos a contar da data de aprovação do Tribunal de Contas do contrato-programa.
Fonte: iOnline
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