02 setembro 2014

Sinais de retoma animam mercado de escritórios


A Worx Real Estate Consultants, divulgou os dados referentes ao comportamento do mercado de escritórios no primeiro semestre deste ano. Segundo a consultora, o mercado apresentou sinais de recuperação o que, sublinha, permite antever uma retoma do mercado face a 2013. De salientar que esta retoma, está directamente relacionada com a evolução positiva da conjuntura económica e com o aumento do investimento estrangeiro.

Segundo os dados apurados pela Worx, assistiu-se a uma tendência para a concentração das novas operações nas zonas 1 e 2. Uma concentração que a consultora justifica com a exclusividade e centralidade das zonas, bem como pelos projectos em pipeline existentes.

Neste campo a consultora prevê uma carência na oferta de áreas acima de 10.000 m² o que, alerta, pode condicionar o dinamismo no mercado no próximo ano, nomeadamente para grandes ocupantes. Relativamente à renegociação de contratos pré existentes, a consultora apurou que a margem de negociação é ainda pequena, prevendo-se por isso, uma manutenção das rendas médias.

Pedro Salema Garção, Head of Agency da Worx, comenta: “prevemos que este ano o take up acompanhe a evolução favorável da economia e ultrapasse os 100.000 m² atingindo assim um valor semelhante a 2012. O aumento da procura por parte das empresas e a estagnação da construção levou a uma escassez da oferta de escritórios novos que se irá acentuar em 2016. Exemplo disso é o edifício Duarte Pacheco 7, que entrou no mercado e ficou praticamente ocupado na totalidade. No sentido de responder às necessidades actuais, os novos projectos deverão ser repensados de forma a serem mais eficientes e duradouros.”

No que diz respeito à oferta, o stock de escritórios da região da Grande Lisboa continuou estável, ligeiramente acima dos 4,5 milhões de m2, tendo entrado neste semestre no mercado o edifício Duarte Pacheco 7, que se encontra quase totalmente ocupado.

Analisando a performance por zonas, a Worx conseguiu apurar que as zonas 5 e 6 continuaram a registar valores elevados de volume de absorção (27% e 18% respectivamente); a zona 2 destacou-se pelo crescimento, de 45%, do número de transacções face a igual período do ano passado representando 31% da área total absorvida; e a zona 1 e 2 representaram também 60% da oferta em pipeline prevista (um total de 35.000 m² até ao final de 2015).

Segundo os dados da consultora, há ainda a destacar que, no primeiro semestre de 2014 foram concretizadas 117 operações com uma área total de 41.020 m² o que representa um crescimento de 61% em relação a 2013.

Neste primeiro semestre, a tendência para mudança de instalações continuou a ser uma forte evidência no mercado representando 61% das operações e está muitas vezes relacionada com estratégias de racionalização de custos e aproveitamento da conjuntura do mercado.

Nesse sentido, a Zona 2 (CBD) registou a maior área absorvida (12.699 m2) e um total de 23 transacções, seguida do Zona 5 (Parque das Nações) com 10.912 m2 e 27 negócios. De salientar que mais de 50% dos negócios correspondem a áreas inferiores a 800 m² (20.743 m²) sendo que apenas dois negócios contam com áreas superiores a 3.000 m²

Fonte: Construir

0 comentários:

Enviar um comentário

Obrigado pelo seu comentário.