28 novembro 2014

Chineses querem investir 1.200 milhões na antiga Lisnave


Um dos maiores planos de reconversão urbana programados para Portugal deverá em breve sair do papel e avançar no terreno pelas mãos de investidores chineses. Falamos, pois, do plano de reconversão dos terrenos da antiga Lisnave, na margem sul de Lisboa. 
A notícia é avançada pelo Semanário Sol, que cita fontes da Baía do Tejo – a empresa pública responsável pela gestão dos ativos imobiliários dos complexos da antiga Lisnave (Margueira, Almada), da Siderurgia Nacional (Seixal) e da Quimiparque (Barreiro), na margem sul. Recorde-se que a Baía do Tejo é a herdeira da extinta Sociedade do Arco Ribeirinho Sul, e que tem como missão “a promoção dos terrenos para encontrar investidores”.

Ao que tudo indica, as negociações entre a empresa pública e o consórcio Wanda Group, liderado por Wang Jianlin (que em 203 foi eleito pela Forbes como o homem mais rico da China), seguem avançadas e a venda daquele projeto avaliado em 1.200 milhões deverá ser formalizada em breve. 

Refira-se que a comercialização deste projeto é uma ambição antiga do Estado Português, que nos últimos meses tem apostado na promoção dos ativos sob alçada da Baía do Tejo junto de potenciais investidores internacionais, quer através da participação em feiras como a Expo-Real (Munique) ou pela organização de missões como a que a empresa pública fez à China em outubro. 

“Estivemos de facto em Pequim, em Outubro, a falar com os investidores”, confirmou o presidente da Baía do Tejo, Jacinto Pereira, em declarações ao Sol, revelando ainda que no Verão estiveram em Portugal alguns representantes do grupo Wang Juanlin que visitaram os terrenos da Margueira, em Almada. 

Aprovado desde 2009, o plano de urbanização para os terrenos onde no passado funcionou a Lisnave, na Margueira, prevê o desenvolvimento de uma nova centralidade urbana com capacidade para acolher mais de 10.000 habitantes. A ligação ao rio e a proximidade ao mar é um dos seus principais atrativos, estando prevista não só a construção de uma marina com cerca de 500 postos de amarração, como também a transferência do atual terminal fluvial de Cacilhas para a doca 13. Numa intervenção que só tem comparação com a que foi feita no local da Expo 98, este mega-projeto contempla o desenvolvimento de uma área bruta de construção de 630.000 m², distribuídos por habitação, comércio, hotéis e um centro de ciência e tecnologia, entre várias outras infraestruturas. 

Embora sem confirmar o nome dos investidores envolvidos, Jacinto Pereira adianta ao mesmo semanário que a venda dos terrenos deverá ser concretizada “muito em breve”, realçando que esta não deve ser considerada uma mera operação financeira de especulação imobiliária, mas sim de uma verdadeira aposta no desenvolvimento da zona.

Fonte: VI

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