Uma das grandes novidades conhecidas nestes primeiros dias de 2015 é a venda do Freeport, o maior outlet português e um dos maiores complexos de retalho no nosso país, e que é um dos vários exemplos mencionados pela JLL no seu ultimo Market Pulse. Concretizada no passado mês de novembro, a compra deste ativo só agora foi divulgada em Portugal e está integrada numa operação de maior dimensão protagonizada pela VIA Outlets, sociedade que tem como acionistas a Hammerson, a APG, a Meyer Bergman e a Value Retail.
Desta forma, a recém-criada joint-venture de investidores comprou ao grupo Carlyle o Portfólio Freeport que integra além do Freeport Alcochete (Portugal), outros dois outlets: o Kungsbacka, na Suécia, e o Excalibur, na República Checa.
De acordo com informação avançada pela VIA Outlets, o portfólio foi adquirido “com uma yield inicial de 8%, perspetivando retornos atrativos”. Embora sem revelar o valor global envolvido nesta operação, a Hammerson revela apenas que é detentora de uma participação de 47% do capital da VIA Outlets e dos ativos agora adquiridos, tendo contribuído com um capital de 57 milhões de euros (47 milhões de libras) para esta operação.
Localizado a cerca de 25 km de Lisboa, o outlet de Alcochete compreende cerca de 55.700 m² de área comercial, distribuídos por mais de 170 lojas com ocupantes de referência como a Diesel, Burberry, Carolina Herrera, Armani, Hugo Boss ou Escada, entre vários outros. Trata-se do centro factory outlet dominante da região de Lisboa e ao longo de 2014 deverá ter gerado uma rentabilidade de 3.000 €/ m².
De acordo com o comunicado divulgado pela Hammerson, o outlet de “Alcochete representa a maior fatia do preço de compra e tem potencial para devolver a melhor performance” entre os três ativos. Além disso, acrescenta, “a VIA Partners identificou algumas propostas de reconversão para melhorar a performance mal comercial através do acréscimo de algumas marcas aspiracionais internacionais ao mix-comercial”.
Desta maneira, uma das prioridades será a recolocação e expansão da oferta de restauração, de modo a que esta fique “melhor alinhada com as marcas de retalho ali presentes e, ao mesmo tempo, contribuir para aumentar o tempo e os valores despendidos pelos visitantes” do Freeport. Outra das oportunidades de melhoria identificadas pelo novo proprietário prende-se com “o aumento da atividade de marketing e da presença da marca junto dos turistas, uma vez que Lisboa é hoje um destino especialmente popular junto dos visitantes alemães, franceses e espanhóis, bem como dos turistas oriundos de destinos mais longínquos da América do Sul”.
David Atkins, Chief Executive da Hammerson afirmou que “esta aquisição e a oportunidade de desenvolvimento e de gestão de ativos oferecida em particular pelo centro de Alcochete toca diretamente nos pontos fortes da VIA. Os track-records sólidos dos parceiros, o acesso às marcas e o conhecimento no mercado de retalho coloca a VIA Outlets numa posição privilegiada para tirar partido do fragmentado mercado de outlets da Europa”.
Os restantes ativos que integram o portfólio Freeport são o Kungsbacka, na Suécia, a uma distância de 20 minutos de automóvel da segunda maior cidade do país, Gutemburgo, e que conta com ocupantes como a Nike e a Hugo Boss; e o Excalibur, na República Checa. Localizado junto à fronteira com a Áustria, este último oferece uma área bruta locável (ABL) de 21.000 m² e tem o seu mix de oferta dominado por marcas desportivas.
Desde a sua criação, a VIA Outlets já investiu mais de 300 milhões de euros na aquisição de ativos na Europa, detendo hoje um portfólio de mais de 140.000 m² de ABL e mais de 500 lojas. A Hammerson investiu cerca de 103 milhões de euros na VIA Outlets, sendo que a yield média dos ativos que constituem o seu portfólio é atualmente de 8%.
Os primeiros ativos a serem adquiridos pela VIA Outlets foram o Batavia Stad em Amsterdão (Holanda) e o Fashion Arena, na capital checa, Praga.
Fonte: VI
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