18 fevereiro 2015

Pequenos investidores atentos a oportunidades imobiliárias em Leiria


A compra de imóveis para obtenção de rendimento tem sido um mercado forte no distrito de Leiria. Há também maior procura de utilizadores finais para habitação e imóveis não residenciais. Os investidores, sobretudo particulares, que procuram no imobiliário uma alternativa de aforro têm sido uma franja dinâmica da procura de imóveis nos últimos dois anos do distrito de Leiria, conforme atestam os profissionais que trabalham neste mercado.


“Em 2013 e grande parte de 2014, o mercado foi muito focado nos imóveis da Banca para aquisição de habitação própria permanente e também nos pequenos investidores”, começa por explicar Vera Sousa, Angariadora Imobiliária da Remax Leiria, que trabalha sobretudo o concelho de Leiria, mas também a Batalha e a Marinha Grande e, já menos expressivamente, Pombal. Na sua perspectiva, esta procura por parte dos pequenos investidores, que adquirem imóveis com o intuito de obter rendimento através da sua colocação no mercado de arrendamento, tem também a ver com o facto de Leiria (concelho) “ser um centro de grande rotatividade no arrendamento”. E na sua experiência, estes investidores, que continuam a ser uma das forças da procura de imóveis no mercado local, pretendem adquirir quer ativos habitacionais quer não habitacionais, embora admita que o primeiro tipo de imobiliário tem sido preferencial. 

Também Ramiro Gomes, Responsável Vendas – Grandes Imóveis Sul do Millennium bcp, Banco que tem atualmente em curso uma campanha de comercialização de imóveis neste distrito, revela que “alguns investidores procuram os nossos imóveis para aquisição, beneficiando das condições especiais que oferecemos e colocando-os posteriormente no mercado de arrendamento”. Aliás, na sua experiência, o concelho de Leiria é um dos mais dinâmicos a nível distrital em parte devido à atividade de investimento, que a nível distrital se tem focado neste concelho para a aquisição de imóveis de rendimento. 

Na opinião de Luís Costa, Gerente da mediadora imobiliária Century 21 Cardeira e Costa, com atuação focada nos concelhos de Leiria e da Marinha Grande, são precisamente as caraterísticas da atual oferta que têm permitido dinamizar esta franja da procura, que, na sua perspetiva, “tem sido constante e sempre existiu em Leiria”. O profissional considera, por isso, que “há mais negócio, porque há uma oferta mais ajustada às pretensões destes investidores”, já que “começaram a haver mais oportunidades com boas rentabilidades”, explica, acrescentando que tal se deve sobretudo ao ajustamento de preços que se sentiu nos últimos anos e que permitiu a “obtenção de taxas de rentabilidade mais atrativas” para quem compra com o intuito de colocar no mercado de arrendamento. 

Procura de imóveis está a crescer 

Além dos pequenos investidores, também quem compra imóveis para utilização está agora mais ativo, notam os profissionais entrevistados pelo Público Imobiliário. Apesar de ainda estarmos em início de ano, Vera Sousa regista “mais procura”, quer na habitação quer nos segmentos não habitacionais. Aliás, a profissional revela mesmo que “estamos numa avenida (a Av. Heróis de Angola, a principal artéria de Leiria) que neste momento não tem lojas para arrendar”, o que, na sua opinião, é um bom indicador da evolução positiva da procura. Trata-se, contudo, de “uma procura diferente”, o que tem também a ver “com as políticas de spreads que a Banca tem vindo a praticar desde meio do ano passado”. Tal situação permitiu “um maior acesso ao financiamento para aquisição”, alargando também o leque de imóveis alvo de compra. Por outro lado, nota esta profissional, a própria relação entre a oferta e a procura também está a evoluir, especialmente desde que “o mercado deixou de registar uma tendência de queda nos preços”. Por um lado, “as pessoas estão mais confiantes para colocar os seus imóveis em venda” e por outro “quem procura também já não tem ilusão de que fará o chamado negócio da China”.

Também Luís Costa revela que a procura “tem sido bastante”, embora de forma mais expressiva no mercado residencial, no qual os preços se mantêm estáveis. Em termos gerais no mercado imobiliário, “não há uma recuperação rápida, mas pelo menos os valores estagnaram”, diz. Nos segmentos de imobiliário não habitacional, este profissional considera que há sobretudo “procura de bons negócios”.

Boa dinâmica empresarial no distrito 

A dinâmica do tecido empresarial no distrito de Leiria abre também boas perspectivas para o imobiliário não residencial. De acordo com Ramiro Gomes, do Millennium bcp, são precisamente estas caraterísticas que têm tornado o concelho de Leiria como um dos mais fortes no distrito em termos de vendas imobiliárias do Banco, dado que concentra “o maior número de empresas de indústria, comércio e serviços”, “muitas delas em expansão”. 

Em geral, Leiria é um “distrito muito forte com bastante indústria, comércio e serviços”, no qual existem “muitas micro-empresas em expansão”. A indústria de moldes e a do vidro na Marinha Grande, ou as zonas industriais de Cova das Faias, Zicofa e Pousos, no concelho de Leiria e onde “estão instaladas grandes empresas da área automóvel, gráficas ou setor alimentar” são, na sua opinião, exemplos da boa dinâmica empresarial do distrito, onde de acordo com dados recentes da IGNIOS, foram constituídas 1319 novas empresas em 2014.

Fonte: Público Imobiliário

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