30 março 2015

Rioforte avança com venda da Herdade da Comporta


Rioforte inicia em breve venda da Herdade da Comporta. Já a venda da Espírito Santo Property foi suspensa e Caetano Beirão da Veiga aposta na recuperação a prazo, para reembolsar os credores. A Rioforte, holding do Grupo Espírito Santo que se encontra sob gestão judicial no Luxemburgo, vai avançar em breve com a venda da Herdade da Comporta (HdC).


A suspensão da venda da Espírito Santo Property (ESP), por decisão do juiz luxemburguês, não porá em causa este processo, apesar de o Fundo da Herdade da Comporta - que tem o Aman Resort - ser gerido por uma subsidiária da ESP.


O negócio, que está a ser assessorado pelo BESI, conta com interessados internacionais, nomeadamente americanos e asiáticos. E passará pela venda das participações que a holding Rioforte tem no Fundo da Herdade da Comporta e na Sociedade Herdade da Comporta. Todos os activos foram entregues como garantia de um empréstimo de 100 milhões de euros que foi concedido pela Caixa Geral de Depósitos, pelo que parte do montante da venda será entregue ao banco liderado por José de Matos.

Tal como o Diário Económico noticiou na quinta-feira, o juiz de insolvência nomeado pelo Tribunal do Luxemburgo, Paul Laplume, rejeitou as duas propostas de compra da Espírito Santo Property e de dois fundos geridos pela Rioforte. Segundo fontes ligadas ao processo, foram apresentadas duas propostas de compra, do fundo Cerberus e da Global Reach, de Artur Silva Fernandes, mas o juiz considerou que as ofertas - na casa dos 60 milhões de euros - são inferiores ao desejado e suspendeu o processo de venda. O grosso dos valores que estavam em cima da mesa diziam respeito aos Fundos Fimes I e II, sendo o remanescente relativo à ESP, sabe o Económico.

A administração da ESP, liderada por Caetano Espírito Santo Beirão da Veiga, aposta agora numa recuperação a médio prazo, que permita o reembolso dos credores, incluindo dos clientes do BES que investiram em papel comercial da ESP e que têm a receber cerca de 23 milhões de euros. Entre os restantes credores da ESP, que tem uma dívida total de 58 milhões de euros, estão o Estado e o BCP, que reclamam, respectivamente, 4,9 e 14 milhões de euros.

Ao contrário da Rioforte, a ESP não entrou em insolvência, tendo aderido ao Programa Especial de Revitalização (PER) para ficar a salvo dos credores, após o incumprimento no reembolso do papel comercial e de um empréstimo do BCP. Mas a Rioforte precisa do ‘OK' da justiça do grão-ducado para poder vender a empresa.

O processo de venda da ESP teve início em Outubro do ano passado, sendo assessorado pela PwC. Foram convidados a participar cerca de 60 investidores nacionais e internacionais, sobretudo da área imobiliária, bem como vários fundos de ‘private equity'. O perímetro da venda inclui, além da ESP e as suas subsidiárias, dois fundos de investimento detidos pela Rioforte - Fimes I e Fimes II. Das 60 entidades sondadas, seis apresentaram propostas não-vinculativas e apenas duas passaram à fase final, a Global Reach Investments e o fundo Cerebrus. Mas o processo está agora suspenso.

Fonte: Diário Económico

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