09 dezembro 2015

Millennials gastam três vezes mais em casas que os baby boomers


Há cada vez mais jovens adultos milionários, que não só estão dispostos a pagar bem mais por uma casa como também não abdicam do apoio de profissionais especializados na hora de a negociar. As pessoas estão a atingir níveis de riqueza cada vez mais elevados em idade mais jovem, algo que já está a ter um impacto significativo nos processos transacionais do setor imobiliário, conclui um relatório recentemente divulgado pela Coldwell Banker.


Os Millennials com elevado poder de compra gastam perto de 5 milhões de dólares na aquisição da sua última casa, mais do triplo do valor médio desembolsado pela geração dos baby boomers e apenas cerca de 300.000 dólares abaixo do valor médio pago pela mesma faixa de consumidores pertencentes à geração X. 

O estudo “Wealth, Real Estate and the High-Net-Worth Investor: Survey and Insights Into Preferences and Behaviour” analisa os 1,8 milhões de famílias e o 1,5% da população com um rendimento mínimo de 200.000 dólares e um património líquido no valor de pelo menos 5 milhões de dólares, determinando as suas caraterísticas demográficas e a sua atitude em relação aos agentes imobiliários, às instalações e equipamentos e bem como as diferenças geracionais entre os consumidores. Designados de HNW (rendimento líquido elevado), estes indivíduos têm uma idade média de 53 anos, pertencem maioritariamente ao sexo masculino (56%) e são proprietários de 2,1 casas, tendo aproximadamente dois quintos do seu património alocado ao imobiliário residencial. 

Cerca de um terço dos participantes neste inquérito respondeu que ter um ginásio em casa é para eles mais importante hoje do que era há apenas três anos, e foram ainda mais os que responderam que ter uma casa “verde” ou com certificação LEED também é um fator mais valorizado atualmente. Uma mudança de comportamento que segundo os responsáveis da imobiliária norte-americana pode ser atribuído ao maior fluxo de Millennials que passaram a fazer parte deste grupo faixa de consumidores. 

Ainda assim, os Millennials continuam a ser a faixa etária menos representativa entre os consumidores HNW e muitas das vezes nem são sequer a principal fonte de rendimento do seu agregado familiar. No entanto, o conjunto do seu rendimento familiar, do património liquido e a percentagem deste último que é alocado ao imobiliário ultrapassa a da geração dos baby boomers, que pesam 43% da população HNW. 

Surpreendentemente, os avanços tecnológicos tornaram os agentes imobiliários elementos insubstituíveis, com 72% dos inquiridos a responder que no mundo de hoje um agente imobiliário tem um papel mais importante que nunca. Quase dois terços dos participantes disseram que nunca iriam sequer considerar comprar ou vender uma casa sem o apoio de um destes profissionais, e mais de metade afirmaram mesmo que os agentes imobiliários são mais importantes no processo de seleção de uma casa do que os amigos, a família ou os recursos digitais. E, foi entre os Millennials que tais declarações foram feitas com maior frequência, o que a Coldwell Banker justifica com a falta de experiência desta geração no processo de compra e venda de casa. 

Mas, a tecnologia também desempenha um papel cada vez mais importante nesta dinâmica transacional. E, de acordo com o estudo, hoje em dia o critério mais importante que se requere num agente imobiliário já não é a sua experiência, o conhecimento do processo transacional ou das casas na sua área, nem sequer a sua reputação, mas sim a sua capacidade para responder rapidamente aos contactos, uma vez que os Millennials esperam uma resposta rápida. Estes jovens milionários também atribuem bastante mais importância às redes sociais e às críticas dos consumidores ao trabalho dos agentes do que acontece no caso dos consumidores da geração X ou dos baby boomers.

Fonte: Público Imobiliário

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