26 dezembro 2015

Residencial de luxo: Imobiliário luso entre o mais procurado


Espanha, Itália e Portugal são os mercados de luxo mais procurados na Europa. A compra de imóveis prime cresceu 20% no último ano. A imobiliária Engel & Võlkers, especializada na venda de imóveis prime, anunciou que , vai apostar forte nos mercados de luxo em Espanha, Itália e Portugal. Com um volume total de vendas a crescer 150% no último ano em Portugal, a consultora de origem alemã garante que a procura para este tipo de produto não falta, o que falta mesmo é oferta de mais casas de luxo.


John Philipp Neimann, diretor-geral para os mercados EMEA (Europa, Médio Oriente e África) da Engel & Võlkers, em entrevista ao Expresso, durante uma visita recente a Portugal, afirmou que a empresa está "focada nos mercados do sul da Europa: em Espanha, Itália e Portugal, exatamente por esta ordem, por acreditar serem os países que têm o maior potencial de crescimento nos próximos dois a cinco anos", acrescentando que, no último ano, a procura média de imóveis de luxo teve um crescimento de 20% face ao período homólogo. 

Portugal, onde a Engel possui 800 imóveis de luxo em carteira, com preços que variam entre os 80 mil e os €25 milhões de euros, "é, definitivamente, uma boa aposta para os investidores internacionais", com preços por metro quadrado que variam entre os 1.500 e os €10 mil, consoante a zona do país. "A cidade do Porto está a tornar-se um mercado muito interessante devido à recuperação de edifícios no centro e por ser uma zona urbana onde não se vê uma grande concentração de pessoas de uma só nacionalidade num único local, como em Londres. No Porto e em Lisboa isso não acontece", reforça. é 

Na sua perspetiva, Portugal "muito interessante em toda a linha de costa; as cidades de Lisboa e do Porto podem ser mercados de primeira habitação; e depois temos toda a costa, de norte a sul, com lugares maravilhosos para segunda habitação e imóveis, com muita saída, a preços a variar entre os €1,8 e os €4 milhões. E atenção que em Portugal os clientes, no mercado de primeira habitação, não procuram habitações top, mas buscam antes propriedades de prestígio, com algum luxo, que lhes garantam um investimento rentável", esclarece, adiantando que "no mercado de primeira habitação as pessoas procuram casas no centro das cidades, com teatros para frequentar, lugares da moda, em bairros mais luxuosos e com qualidade, como o Chiado, o Príncipe Real ou a Avenida da Liberdade, em Lisboa".

Faltam casinos e marinas 

Apesar dos bons resultados, o responsável da Engel lembra, ainda assim, que quem quer comprar casa num local de prestígio pensa logo na Côte D'Azur ou Marbella. "Aqui o nível de luxo está um patamar abaixo em relação a esses mercados. Para atrair investidores do mercado de alto luxo é preciso que os governantes apostem forte na criação de enquadramentos de topo, com a construção de mais casinos e marinas, por exemplo." 

O especialista da Engel & Võlkers, que também vende villas na ilha grega de Rhodes, uma das 12 mais importantes deste país mediterrânico, afiança que "a rentabilidade dos investimentos varia muito entre Espanha, Itália e Portugal, os principais mercados europeus, mas anda na casa dos 3% a 5% ao ano. Se por exemplo comprar uma propriedade em Barcelona, são boas as perspetivas de que o seu valor cresça 6% no próximo ano. Se tivermos em atenção que durante a crise os preços caíram em Espanha entre 17% a 20%, acreditamos que o mercado tem um enorme potencial de crescimento", especifica ainda.

Fonte: Expresso

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