
Gustavo Soares, Managing Director da Portugal Sotheby´s International Realty, revela que o crescimento das vendas de habitação de luxo é fruto de um plano estratégico sólido e da expansão da marca.
No final de agosto antevia que as vossas vendas de habitação de luxo em Portugal este ano registassem um valor recorde, sendo mesmo o melhor ano de sempre no país. Que balanço faz do ano neste momento?
Quando avançámos com esses números assinalava-se precisamente um ano desde que definimos um plano estratégico com os objetivos para 2015, no qual traçámos a meta de alcançar esse crescimento. Por isso, e agora mais perto do final do ano, podemos confirmar que vamos duplicar a nossa atividade em relação a 2014, um resultado que aliás está em linha com o crescimento consecutivo verificado nos últimos 4 anos. E de facto, não estamos surpreendidos com estes níveis de crescimento na medida em que resultam da aplicação desse plano estratégico em várias dimensões da nossa atividade e em cada um dos nossos seis escritórios. Nesse âmbito, integrámos cerca de mais 50 profissionais; incrementámos o nosso portfólio de propriedades de luxo, que neste momento já ultrapassou as cerca de 3.000 propriedades; assim como reforçámos um conjunto de parcerias internacionais, nomeadamente com os escritórios Europeus da marca. Além disso, aumentámos a nossa exposição em portais de media internacionais como o “New York Times”, “Wall Street Journal”,”Financial Times”, “Architecture Digest”, entre outros, o que resultou num forte aumento da exposição internacional dessas propriedades ao público certo, algo que, neste segmento de luxo, nenhuma outra empresa no nosso País pode implementar e disponibilizar aos seus clientes. Durante o ano continuámos também o investimento na expansão da marca, destacando a abertura do novo escritório do Porto, projetado pelo Arquiteto Souto Moura, e a abertura do escritório definitivo no Carvoeiro, cujo projeto é da responsabilidade da dupla de arquitetos Graça Correia e Roberto Ragazi. Além disso, iniciámos também a projeção de um segundo escritório em Lisboa, designado de Lisboa Oriente, com abertura prevista para início de 2016.
Quem são os compradores de habitação de luxo, em termos de perfil e nacionalidade?
A Portugal Sotheby´s International Realty tem mantido a sua distribuição, realizando cerca de 66% da sua atividade com clientes internacionais. Contudo, é de notar, nomeadamente no intervalo de preços entre os 500 e os 800 mil Euros, um aumento crescente da procura por parte dos clientes nacionais. Em termos de origem, a Portugal Sothebys International Realty proporcionou negócios a clientes de mais de 20 nacionalidades, com maior expressividade de clientes oriundos de França, Brasil e Inglaterra. Em termos de novas nacionalidades, destacamos a África do Sul.
Que localizações e tipo de produto preferem os compradores de imóveis de luxo?
As localizações mais procuradas ao nível de imóveis de luxo são a Linha do Estoril, Sintra, Lisboa e Algarve, correspondendo a procura a clientes que privilegiam estilos de vida sofisticados, urbanos e de lazer.
Que ordem de preços, em média, estamos falar na habitação de luxo vendida e como é que os preços têm evoluído este ano?
Neste segmento e ao nível do preço médio, embora em termos globais se tenha alcançado o valor de 870 mil Euros, conseguimos verificar que os Portugueses compram essencialmente imóveis com preços médios entre 500 e os 800 mil Euros e que, a partir destes valores, a compra é feita essencialmente por clientes estrangeiros, destacando-se os Franceses nos imóveis com preços médios entre os 800 mil e os 2 Milhões de Euros, e os Ingleses e Irlandeses acima dos 2 milhões de Euros. Ao nível da evolução do preço, ainda não verificamos nenhuma alteração significativa em relação aos anos anteriores.
Além da procura, que parece claramente dinâmica, como é que tem evoluído a oferta neste segmento de residencial de luxo e com o é que isso se reflete na vossa carteira de comercialização?
Ao nível da oferta tem havido uma clara melhoria, nomeadamente ao nível da construção e, sobretudo, ao nível do projeto, podendo mesmo afirmar-se que atualmente o nosso imobiliário se bate com o que de melhor existe em todo o mundo.
Como é que espera que o mercado residencial de luxo em Portugal evolua no próximo ano?
De forma positiva e em linha com o crescimento que se verifica já este ano ao nível do numero total de transações imobiliárias. Contudo, este crescimento deve ser encarado com muita cautela por parte dos proprietários e promotores imobiliários, para não se originar movimentos de aumento de preço nos imóveis, que, ao verificar-se, poderá por em causa todo este crescimento e desincentivar o interesse de compradores internacionais. Nunca é de mais lembrar que, neste segmento, os compradores podem adquirir propriedades em qualquer parte do mundo.
Quais são os fatores que, na sua opinião, têm atraído estrangeiros para este tipo de produto em Portugal e como é que se podem capitalizar esses fatores?
De entre as razões da atratividade de Portugal na compra de imobiliário de luxo destaca-se, desde logo, a segurança: Portugal é o 17º país mais seguro do mundo; a hospitalidade: acolhemos e integramos todo o tipo de culturas; a geografia, ponto de convergência entre 3 continentes, sendo uma plataforma de acesso a todo o espaço Schengen; o clima, um dos Países com maior numero de dias de sol da Europa (250, possibilitando as mais diversas atividades de lazer e desportivas); as infraestruturas, um dos mais modernos e bem servidos Países em termos rodoviários e infraestruturas urbanas; e, por último, a gastronomia, com a sua grande diversidade de sabores e experiências vinícolas.
Fonte: Público Imobiliário
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