26 abril 2016

Imobiliário: Crescimento das vendas continua a ganhar ritmo


Os resultados do RICS/Ci PHMS de Março de 2016 mostram que o crescimento das vendas tem ganho impulso, embora gradualmente, pelo terceiro mês consecutivo num cenário de sólida procura. Como resultado, os preços continuam a subir. No mercado de arrendamento, as rendas estão a ser ainda mais pressionadas, dado o desencontro entre a crescente procura e a queda da oferta por parte dos proprietários.


Para Simon Rubinsohn, Economista Sénior do RICS, “A recuperação da economia portuguesa continuou a progredir a um ritmo constante até ao momento, com os inquéritos aos agentes de mercado a mostrar que a confiança neste cenário se mantém sólida. Assim, a melhoria dos fundamentos do mercado deve continuar a impulsionar ainda mais o crescimento da atividade no mercado da habitação nos próximos meses.”

Focando no mercado de compra e venda, a procura por parte dos novos compradores aumentou a um ritmo sólido durante o mês de março, observando-se acréscimos em todas as regiões (Lisboa, Porto e Algarve). Como resultado, as vendas em carteira aumentaram pelo terceiro mês consecutivo, após o registo de um ligeira quebra em Dezembro. Mais, a taxa de crescimento foi acelerando em cada um dos últimos três relatórios. As expetativas relativas a vendas continuam a apontar para uma evolução positiva da atividade nos próximos meses.

De acordo com Ricardo Guimarães, Director da Ci, “O sentimento global é positivo, em resultado do impacto de vários fatores. Não só de natureza geral (como por exemplo o facto de haver um Orçamento de Estado em vigor), mas também fatores específicos do mercado que têm ganho dinâmica e sustentado a sua evolução. Dois em especial: o aumento de novos créditos (mesmo que estando ainda em níveis historicamente baixos), e o ressurgimento dos vistos gold, após meses de congelamento.”

Em paralelo, as novas instruções para venda têm vindo a subir recentemente indo de encontro à procura (em termos de saldos de respostas), de acordo com os últimos resultados. Assim, os preços continuam a recuperar ligeiramente em todas as regiões cobertas pelo inquérito. Ao longo dos próximos 12 meses, os respondentes preveem um crescimento global dos preços das casas em cerca de 2,5%. Em termos regionais, para Lisboa e para o Algarve as expetativas apontam para um aumento dos preços ligeiramente mais expressivo, na ordem dos 2,9% e 2,7%, respetivamente. No entanto, as projeções para o Porto fortaleceram-se nos últimos meses e os inquiridos esperam agora um aumento de 2% ao longo dos próximos 12 meses (o que compara com o acréscimo esperado de pouco menos de 1,5% há três meses atrás). No curto prazo, antecipa-se uma aceleração na valorização das casas, com o indicador de expectativas a apontar para um crescimento médio de 4%, por ano, nos próximos 5 anos.

O índice de confiança nacional (que combina as expetativas de curto prazo sobre preços e vendas) subiu até +26, sucedendo ao resultado de +22 observado em fevereiro. Consequentemente, este indicador continua a sugerir que, no geral, a confiança no mercado de compra e venda é sólida.

No mercado de arrendamento, o crescimento das rendas continua a acelerar como resultado do desencontro cada vez acentuado entre as instruções por parte dos proprietários e a procura dos potenciais arrendatários.

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