07 maio 2016

Imobiliário como opção de longo prazo


De facto, o investimento em imobiliário emerge como uma boa opção para quem estiver interessado em investir no longo prazo. O tempo e a paciência são aqui decisivos, pois, desde a aquisição do imóvel aos impostos e demais encargos do investimento, os custos de entrada são bastante elevados.

Um desses especialistas, presente na Semana da Reabilitação Urbana de Lisboa, é Ricardo Guimarães, que confirmou à EXAME que não há bolha imobiliária e que, mesmo nas zonas mais valorizadas do centro histórico de Lisboa, ainda é possível investir com um retorno bastante atrativo de 8%. Dificilmente há outra pessoa que saiba mais sobre os preços das casas em Portugal do que este economista, o primeiro coordenador nacional do sistema de indicadores de preços na construção e habitação - que saiu do Instituto Nacional de Estatística para desenvolver o sistema de informação residencial da Confidencial Imobiliário (CI), a entidade independente que produz as estatísticas de referência no mercado imobiliário nacional. 

Ricardo Guimarães explica porque está o mercado numa fase claramente positiva para quem quer comprar casa. O Índice de Preços Residenciais da CI, depois de ter registado uma descida de preços de 15,8% ao longo da crise, começou a estabilizar em meados de 2013. Desde então recuperou 5,3%. No caso de Lisboa, esse ciclo foi ainda mais acentuado, atingindo uma valorização acumulada de 21,9%, elevando os preços acima do ponto em que estavam em 2009.

"Mas o mercado tem de ser analisado zona a zona... Uma prova disso é o novo Índice do Centro Histórico de Lisboa, que exibe numa valorização de 22,3% em 2015, Para analisar se a subida dos preços é um comportamento racional, importa olhar para as rendas. E estas têm subido. Em 2015 subiram 1,6% a nível nacional e 8,9% em Lisboa, mostrando que a procura tem suportado a evolução dos preços. Mesmo no caso do centro histórico de Lisboa, o rácio entre os preços e as rendas em alojamento local permite apurar uma yield média de 8%, uma taxa que aponta para um grande equilíbrio de mercado."

Fonte: revista EXAME de maio de 2016

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