02 maio 2016

Tendências no imobiliário: Residências para estudantes e idosos relançam mercado


Call centers e serviços de apoio a multinacionais também impulsionam o imobiliário. A aposta nas residências para estudantes e também para os seniores, o incremento do comércio de rua em novas zonas como o Cais Sodré e a multiplicação de aberturas ao nível de centros de atendimento telefónico (call centers) e de serviços de apoio por parte das grandes multinacionais, estão entre as novidades que irão surgir no mercado imobiliário ao longo deste ano. Estas são algumas das principais conclusões do estudo, “Mercado Imobiliário em Portugal: Análise 2015 - Perspetivas 2016”, da consultora JLL.


Na área da habitação, “Portugal está hoje perante um dos melhores momentos do mercado”. Isto porque nunca houve tanta procura e tanta diversidade de compradores: os portugueses voltaram em força ao mercado e o interesse dos estrangeiros está longe de abrandar, além de que a compra se faz em várias vertentes - do investimento puro à habitação própria, passando pela segunda habitação.

O estudo refere ainda que as regiões de Lisboa e Porto "têm já um pipeline relevante de projetos residenciais que serão lançados em 2016, uma boa noticia considerando que os empreendimentos lançados em anos anteriores já se encontram numa fase muito próxima da conclusão total de vendas". 

Neste segmento, uma das tendências tem que ver com os novos formatos de alojamento, nomeadamente a conversão de edifícios para alojamento de estudantes ou para residências sénior. "Em 2016, a procura deverá resultar tanto do cliente internacional como doméstico." 

Mas o dinamismo do mercado não se restringe à habitação. Para Pedro Lancastre, diretor-geral da JLL Portugal, "tudo indica que 2016 será um ano de grande atividade e de contínua consolidação de todo o sector. Portugal está na moda e não há razões para deixar de estar. Não é uma condição temporária. É uma oportunidade concretizada que temos que consolidar". 

Reabilitar escritórios 

O mercado de escritórios deverá voltar a crescer, "com um importante contributo da instalação de call centers e de serviços de back office por parte de grandes multinacionais, especialmente das áreas das tecnologias de informação".

Mas se existe uma procura crescente por parte das empresas que aqui se querem instalar, esta não encontra correspondência na oferta de espaços. "Há 500.000 m2 de escritórios disponíveis no mercado mas esta área não está distribuída de igual forma por todas as zonas, e por outro, nem toda tem qualidade e condições que respondam aos níveis de exigência que as empresas procuram. Renovar e modernizar estes espaços pode ser uma oportunidade para os proprietários conseguirem colocar no mercado os seus edifícios com maior sucesso e rapidez, já que este ano e no próximo apenas estão previstos 29.400 metros quadrados de escritórios novos disponíveis no mercado", sublinha-se no relatório. 

No retalho, o destaque vai para a intensificação do comércio de rua em Lisboa e no Porto e com o surgimento de zonas alternativas que também assegurem a captação de consumidores estrangeiros e nacionais. Uma das zonas em alta é a do Cais do Sodré/Santos, cada vez mais procurada pelos lojistas.

Fonte: Expresso

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