04 novembro 2016

Há cada vez mais famílias portuguesas a transferirem as suas poupanças para o setor imobiliário


A ERA Portugal, tal como já tem sido habitual, esteve presente no SIL – Salão Imobiliário de Portugal, que se realizou, em Lisboa, na primeira semana de outubro. “Sentimos este ano no SIL uma dinâmica ainda maior do que na edição do ano anterior. Há, de facto, cada vez mais famílias portuguesas a transferirem as suas poupanças e os seus investimentos do setor financeiro para o setor imobiliário, porque a rentabilidade e a segurança dos investimentos são superiores”, considera Miguel Poisson, diretor-geral da ERA Portugal.


Acrescenta que “o balanço é muito positivo. Tivemos muito clientes no nosso stand que estão atualmente em visitas connosco e alguns em processo de compra já avançado”. 

Miguel Poisson destaca que a esmagadora maioria dos clientes foram portugueses. “Estávamos à espera de muitos estrangeiros, o que acabou por não acontecer. Tivemos a oportunidade de conhecer novos potenciais fornecedores e parceiros de negócios, o que foi igualmente positivo”. 

Destaca ainda que a presença da ERA é sempre importante, por se tratar de um evento com um cariz institucional forte. “Sendo a ERA uma marca de referência em Portugal neste setor, a nossa presença é quase obrigatória”. 

Apesar de nos últimos dois meses ter diminuído a concessão de crédito em comparação com junho, Miguel Poisson adverte que não se pode falar de uma redução da concessão. “Podemos ter tido um mês de junho um pouco acima de julho e agosto, mas não podemos esquecer que em 2016 a concessão de crédito à habitação cresceu mais de 60%, face ao mesmo período de 2015”. Na sua opinião, “estamos a atravessar um momento muito bom. A maior concessão de crédito à habitação tem dinamizado muito o mercado imobiliário e tem tido, pelo seu peso, um impacto relevante inclusivamente no crescimento da economia portuguesa”. 

Novo imposto sobre o património 

Os últimos meses representaram alguma agitação no mercado com a perspetiva de vir a ser criado um novo imposto sobre o património. Para o responsável da ERA, “a falta de rigor na comunicação destas medidas não é positiva. Obviamente que, perante as indecisões, os impasses e os exageros de tributação, as famílias e investidores congelam as suas decisões à espera de certezas”. 

Acrescenta que “o crescimento do sector poderia ser ainda maior sem estas areias na engrenagem. Mudar as regras a meio do jogo é sempre má decisão e quando não há tempo de transição, pior ainda…”. 

Miguel Poisson espera “que prevaleça o bom senso e que não se mate a galinha dos ovos de ouro que está a criar postos de trabalho e a criar valor à economia portuguesa. Precisamos de estabilidade e não de surpresas…” 

Neste momento o mercado aguarda para ver a proposta em concreto. Contudo, conclui, “os problemas resolvem-se com decisões equilibradas e de longo-prazo. O nível de tributação, que é umas das grandes questões, tem que ser equilibrado. Ainda assim, acreditamos que o ano 2017 vai continuar a ser um ano de crescimento”. 

Fonte: VE

0 comentários:

Enviar um comentário

Obrigado pelo seu comentário.