09 dezembro 2012
Procura de casa em S. Maria da Feira disparou na última década
A construção de habitação nova registou um forte crescimento na última década, devido à procura por parte de quem trabalha nos concelhos vizinhos. A facilidade de acessos a Santa Maria da Feira levou a que muitos casais, que trabalham nos concelhos vizinhos, a procurassem como local de eleição para aquisição de casa. Este facto desencadeou um forte aumento na construção de empreendimentos de habitação, especialmente, de gama média, que permitiu que a população aumentasse durante a década de noventa. Assim, de 1991 a 2001, Santa Maria da Feira foi dos concelhos do EDV (Entre Douro e Vouga), que registou um maior aumento de população residente, famílias, alojamentos e edifícios.
De acordo com os dados estatísticos publicados pela autarquia, o maior crescimento registou-se nas freguesias de Santa Maria da Feira, Milheirós de Poiares, Mozelos, Nogueira da Regedoura, Santa Maria de Lamas e S. João de Ver.
“Fazendo uma análise do número de famílias por alojamento, nota-se, no concelho de Santa Maria da Feira, uma forte ocupação dos alojamentos, uma vez que se apresentam valores superiores a Portugal, Região Norte, como em todos os concelhos do EDV, com a exceção de Oliveira de Azeméis, onde o índice de ocupação é o mais elevado”, referem os dados da autarquia.
Vasco Gomes, gerente da Mérida – Sociedade de Mediação Imobiliária – constata que, neste momento, “ as casas que constituem a oferta para venda são, predominantemente, novas e destinadas a uma gama média de clientes”.
Na sua opinião, esta oferta apresenta, neste momento, preços com desvalorizações de 30% a 40%, e tem como finalidade a venda final.
Os dados fornecidos pela Confidencial Imobiliária (CI) confirmam esta situação. Cerca de 41% dos imóveis em venda, nas freguesias do concelho da Feira, são novos e, apenas 59% são usados. Refira-se que, em média, no país, as casas usadas constituem a maioria da oferta, cerca de 70%, e as casas novas apenas 30%. Curiosamente na freguesia da Feira, a localidade mais urbana das 31 freguesias que constituem o concelho, os imóveis novos para venda atingem os 49%, enquanto as casas usadas são 51%.
Procura desfasada da oferta
O concelho da Santa Maria da Feira apresenta, atualmente, 2700 casas para venda, sendo que 360 localizam-se na freguesia da Feira. Verificamos, contudo, que a procura para aquisição incide, especialmente, sobre os fogos usados, cerca de 65%, no concelho, e 72%, na freguesia da Feira. As tipologias T2, 30%, e os T3, 27%, são as tipologias mais procuradas.
O mercado de arrendamento residencial tem pouca expressão neste concelho, verificando-se alguma escassez na oferta de casas. De acordo com o CI, a oferta de casas no concelho é de 243, sendo que na freguesia da Feira é de apenas 44 frações.
Esta foi uma das razões que levou o Município de Santa Maria da Feira a aderir ao Mercado Social de Arrendamento (MSA), uma das medidas do Programa de Emergência Social do atual Governo. O programa possibilita o acesso à habitação a pessoas que dispõem de rendimentos que não sendo suficientemente elevados para aceder ao mercado livre de arrendamento também não são suficientemente baixos para serem enquadrados no mercado de arrendamento social, ou seja, no Programa de Realojamento Municipal.
Através do MSA os municípios pretendem resolver as dificuldades de acesso à habitação das famílias, apoiando a dinamização de uma bolsa de imóveis para o arrendamento, com rendas inferiores aos valores médios de mercado. De acordo com a página online do MAS, o concelho da Feira disponibiliza um total de 15 imóveis para arrendamento, com rendas médias mensais de 250 euros (T1); de 280 a 360 euros (T2) e 410 euros (T3).
Fonte: Público
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