A falta de espaço de escritórios de qualidade em Londres é, segundo a consultora Cushman & Wakefield, o "principal fator que está a inflacionar as rendas nesta cidade", que subiram 2% no ano passado, tendo ultrapassado Hong Kong - a mais cara do Mundo desde 2008 - em algumas centenas de euros por metro quadrado anual. Ali, por oposição, as rendas desceram 26% e custaram, em média, 1.505 euros por metro quadrado durante o ano de 2012.
No terceiro lugar surge, também, a Zona Sul do Rio de Janeiro - anteriormente em 8º, mas com rendas inflacionadas em 43% no ano passado e face ao ano anterior, chegando os custos de ocupação anuais a 1.343 euros por metro quadrado.
A América Latina foi das regiões do globo onde se registaram maiores aumentos das rendas prime: além do referido no Rio de Janeiro, 65% em Bogotá, na Colômbia, e 7% em Lima, Peru.
Lisboa manteve a 48ª posição na listagem da consultora imobiliária, uma vez que "os valores prime mantiveram-se inalterados face ao ano anterior", o que "deve ser interpretado em conjunto com a tendência por parte dos proprietários de manterem fortes contrapartidas oferecidas aos inquilinos, através de carências de renda ou contribuições para fit-out, como forma de evitarem uma maior descida da renda bruta nos contratos". A consultora imobiliária estima que "em 2013 se mantenha esta estabilidade nos valores, tendo em conta a correção que este indicador tem vindo a registar desde 2007, quando se situava nos 21€/m2/mês". No ano passado, na Avenida da Liberdade, as rendas anuais dos escritórios custaram 290 euros por metro quadrado.
Imediatamente acima de Lisboa está Buenos Aires, na Argentina, com custos anuais de 304 euros por metro quadrado; e imediatamente a seguir vem Manila, nas Filipinas, com custos anuais na ordem dos 271 euros por metro quadrado.
O relatório da C&W refere que os países europeus onde 2012 trouxe os maiores aumentos de rendas foram a Noruega (11%), a Turquia (13%), a Finlândia (14%) e o Cazaquistão (22%). Na Ásia, os maiores aumentos foram de 46% em Jacarta, na Indonésia, e de 25% na zona de Connaught Place, em Nova Deli, na India.
Para 2013, a C&W acredita que é expectável que se mantenha esta estabilidade nos valores, tendo em conta a correção que este indicador tem vindo a registar desde 2007, quando se situava nos 21€/m2/mês.
O Continente Americano registou a maior subida de rendas prime – 10%. A cidade do Rio de Janeiro é a localização mais cara do continente americano, ocupando a 3ª posição do ranking global. Na Zona Sul da cidade as rendas de escritórios aumentaram 43% em 2012, aumento motivado pela escassez de espaço de qualidade, falta de terrenos disponíveis para promoção e forte procura. Apesar disto, continua, não foi só no Brasil que se observaram aumentos elevados de rendas. Também em Bogotá, na Colômbia, as rendas prime subiram 65% e em Lima, Peru, aumentaram 7%. Além do Rio de Janeiro, Nova Iorque é a única cidade do continente americano a constar no top 10 das localizações de escritórios mais caras do mundo (8º lugar).
O abrandamento da economia na Ásia afectou a evolução das rendas na região que registaram um aumento de apenas 3%. Contudo, revela a C&W, Hong Kong e Tóquio ficaram nas segunda e quinta posições do ranking global respectivamente, reforçando a importância das cidades como centros de negócios mundiais.
A consultora refere ainda que, em 2012, a procura diminui bastante no CBD de Hong Kong originando uma quebra considerável nos valores de rendas. Esta diminuição na procura deveu-se à restruturação de várias instituições bancárias e financeiras que levaram à redução de espaço de escritórios necessário.
Pequim, que tinha registado fortes aumentos nos valores de rendas nos últimos dois anos, desceu uma posição ocupando agora a 7ª. A zona de Connaught Place em Nova Deli na India apresentou uma subida considerável de rendas de 25% em 2012.
No sudoeste asiático, a consultora diz que é de realçar o aumento de 46% nas rendas prime em Jacarta na Indonésia.
West End, em Londres, é a zona mais cara do Mundo para montar escritório, com um custo anual por metro quadrado que ascede a 2.137 euros
Fonte: Dinheiro Vivo/Construir
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