21 fevereiro 2013

Investimento em Portugal teve quebra de 25% em 2012


Apesar do mercado europeu de investimento imobiliário comercial ter fechado 2012 “em alta”, em Portugal, o valor registado – 105 milhões de euros – representa uma queda superior a 25% face a 2011.

Segundo os dados divulgados pela CBRE, este é mesmo “o mais baixo valor de investimento dos últimos 10 anos”. A consultora explica que a maioria dos activos transaccionados, tanto em número, como em volume, são referentes a escritórios, que representam 78% do total do volume de investimento efectuado ao longo do ano.

Em linha com Portugal, estiveram também os mercados espanhol e italiano que decresceram “significativamente durante o ano transacto”. Todavia, a CBRE salienta que, nas últimas semanas do ano, a actividade em Espanha prosperou, com transacções no valor de 922 milhões de euros, concluídas no último trimestre.

A consultora frisa que, “apesar do último trimestre de cada ano registar, normalmente, um aumento sazonal da actividade, os níveis registados em 2012 foram particularmente acentuados”, tendo vários países registado os totais trimestrais de actividade de investimento mais elevados desde 2007.

Na Europa, o valor total de investimento alcançou 41,5 mil milhões de euros no quarto trimestre do ano passado, uma subida de 48% face ao trimestre anterior e de 16% relativamente ao quarto trimestre de 2011.

Na sua totalidade, 2012 representou um valor de 120,4 mil milhões de euros em transacções de investimento, uma ligeira subida face aos 120,3 mil milhões de euros registados em 2011. Segundo o comunicado da CBRE, esta ligeira subida na Europa Ocidental “compensou o abrandamento de actividade na Europa Central e de Leste, apesar do ano ter terminado em alta para Rússia e Polónia”.

“O mercado de investimento europeu apresentou-se mais polarizado em 2012, com uma separação norte-sul cada vez mais evidente. O volume de investimento no último trimestre do ano fixou-se em níveis sem precedentes em alguns mercados, nomeadamente Alemanha e Noruega, que se mantêm populares para investidores que procuram segurança”, afirmou Jonathan Hull, director do departamento de Capital Markets da região EMEA da CBRE.

O mesmo responsável realçou que “londres também ultrapassou totais históricos e continua a impulsionar os mercados do Reino Unido e da Europa, com actividade suportada por uma elevada quota de investimento estrangeiro”.
Fonte: Construir

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