08 maio 2013

BES quer encaixar 400 milhões de euros com a venda de imóveis em 2013


O Banco Espírito Santo divulgou ontem os resultados relativos ao primeiro trimestre de 2013, durante o qual registou um prejuízo na ordem dos 62 milhões de euros. A exposição ao imobiliário é uma das causas que penalizam os resultados da instituição bancária liderada por Ricardo Salgado, que já fez saber que planeia vender 400 milhões de euros em imóveis até ao final do ano.

Em declarações à imprensa, na sequência da conferência de imprensa em que foram divulgados estes resultados, Ricardo Salgado explicou negou a “acusação” de que o BES é o banco mais exposto a imóveis dados como recuperação de crédito e o menos coberto por provisões, afirmando que “essa é uma malícia da concorrência”. O banqueiro explica que “nós executámos créditos e por isso elevámos os imóveis em balanço (somam 2.000 milhões de euros), neste processo avaliamos prudentemente os imóveis, pelo que, quando entram no balanço do banco já vêm reavaliados, não é necessário constituir provisões, mas ainda construímos provisões”, conta.

No primeiro trimestre de 2013, o BES vendeu “97 milhões de euros em imóveis, mais 61% do que no ano anterior, sem registo de perdas adicionais”, conta Ricardo Salgado, acrescentando que “a venda não impacta negativamente nas contas do BES”. O objetivo do Banco é “vender 400 milhões de euros de imóveis até ao fim do ano. E, provavelmente até junho venderemos 200 milhões de euros”, antevê. 

Dos imóveis já alienados pelo BES “15 % foram para clientes fora de Portugal”, contou o banqueiro.

De um lucro de 11,6 milhões de euros em Março de 2012, o BES passou para um prejuízo de 62 milhões no final do primeiro trimestre deste ano. Uma forte queda da margem financeira, de 24,7 e das comissões, aliada ao reforço de provisões, em 240,1 milhões de euros, justificam boa parte desta derrapagem.

Fonte: VI

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