A CPCI - Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário - está satisfeita com as soluções anunciadas, na última semana, pelo Ministro das Finanças, Vítor Gaspar, tendo em conta que foi concretizada a medida 2.5 do Compromisso para a Competitividade Sustentável do Setor da Construção e do Imobiliário, assinado entre o Governo e esta confederação.
“Esta é uma medida de choque, orientada para dar um impulso, até ao final do ano, a projetos que têm condições para arrancar, mas que estavam à espera de melhores perspetivas”, adianta Reis Campos, presidente da CPCI. Simultaneamente acrescenta, trata-se de uma solução que é essencial para potenciar uma maior confiança nos agentes económicos, imprescindível para impulsionar o investimento privado.
Na sua opinião é forçoso que as medidas apresentadas pelo Governo venham a beneficiar as empresas do setor. Embora transversais a todo o tecido empresarial – a construção e imobiliário representam 60% do investimento total – são essenciais para alicerçar qualquer estratégia nacional ou empresarial de crescimento. Porém, mais do que isso, “há que salientar que esta é, finalmente, uma solução concreta que vai no sentido de dinamizar o investimento, o que traduz uma nova orientação em matéria de política económica, um facto marcadamente positivo, que deverá servir como catalisador para o início de um novo ciclo em Portugal”, refere.
Recorde-se que o acesso ao financiamento e à promoção do investimento empresarial é um dos sete domínios prioritários de intervenção, assumido pelo Governo com o objetivo de apoiar a reconversão e o relançamento do setor da construção e do imobiliário, consagrado no compromisso que a confederação assinou com o Governo no dia 8 de março.
Potenciar o investimento
Reis Campos considera que esta é uma solução que é essencial para potenciar uma maior confiança nos agentes económicos, imprescindível para impulsionar o investimento privado. “O Crédito Fiscal Extraordinário ao Investimento, aliado a outras medidas previstas no compromisso formalizado com o Governo, cuja implementação esperamos para breve, em domínios como a reabilitação urbana, o financiamento, a internacionalização ou o investimento público, tem condições objetivas para gerar um efeito positivo sobre a atividade das empresas, ainda no decorrer deste ano”, salienta. Compete, na sua opinião, ao Governo imprimir a velocidade necessária para que estas soluções se concretizem no terreno, em tempo útil. Tratando-se de uma solução que, há muito, era defendida pela CPCI, é óbvio que “gostaríamos que estivesse já implementada. Porém, o que importa é olhar para o futuro e perceber o que podemos ainda fazer para salvaguardar o tecido empresarial e o emprego e, ao mesmo tempo, promover um novo ciclo de crescimento sustentável”, adverte Reis Campos.
Fonte: Público
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