14 novembro 2013

Causeway Bay em Hong Kong é a localização de retalho mais cara do mundo


A Causeway Bay em Hong Kong é, pelo segundo ano consecutivo, a localização de retalho mais cara do mundo, de acordo com o estudo Main Streets Across the World (MSATW) publicado pela consultora imobiliária Cushman & Wakefield (C&W). 

O MSATW, que celebra este ano a sua 25ª edição, fornece uma análise do mercado de retalho a nível global, monitorizando e ordenando as 333 localizações de comércio mais importantes, em 64 países. O ranking apresentado é baseado no valor de renda anual mais elevado em cada país analisado, não incluindo custos de condomínio, impostos locais e outras despesas de ocupação.

Embora se tenha registado uma subida das rendas na ordem dos 3,2% a nível global, esta foi ligeiramente inferior se comparada com os 12 meses anteriores em que se registou uma subida de 4,5%. Os valores das rendas em 284 localizações (85%) das 333 monitorizadas no estudo deste ano aumentaram ou mantiveram-se estáveis.

A limitada oferta de lojas na Causeway Bay em Hong Kong, em conjunto com uma elevada concorrência pela procura de espaços entre as marcas de topo e as de gama média convencionais, provocaram um aumento das rendas na ordem dos 14,7% alcançando os 24.983€/m²/ano, um valor nunca antes registado desde o início da publicação deste estudo.

As rendas na 5ª Avenida em Nova Iorque mantiveram-se, continuando desta forma a garantir a segunda posição no ranking, com um valor anual a rondar os 20.702€/m². Com uma distância muito significativa face à 5º Avenida, os Champs Elysées em Paris ocupam a terceira posição com um valor de rendas anuais de 13.255€/m². A localização francesa aumentou a sua diferença para as restantes localizações, registando um aumento de 38,5%, o que representa a terceira maior subida a nível global. 

Com a procura contínua e crescente por marcas de luxo internacionais, as rendas na New Bond Street em Londres aumentaram 15,6% para os 8.666€/m²/ano. Assim, esta localização subiu da sexta para a quarta posição, substituindo assim Ginza (8.152€/m²/ano) em Tóquio que caiu para a quinta posição. Outra grande subida a destacar é a Via Montenapoleone em Milão (7.500€/m²/ano) que registou um aumento de 7,4% nas rendas, o que representou uma subida no ranking da oitava para a sexta posição.

Segundo Marta Esteves Costa, associate e diretora de research & consultoria da Cushman & Wakefield em Portugal, “Mais uma vez vimos a 5ª Avenida e a Causeway Bay consolidaram a sua posição como os locais de retalho mais caros do mundo. Assistimos igualmente a um crescimento positivo em praticamente todas as cidades estudadas”.

”A procura pelas melhores e mais desejadas localizações vai continuar embora a limitação a nível de espaço disponível, e o preço elevado das rendas, possam criar obstáculos para algumas marcas. Este facto pode levar a que algumas dessas marcas passem a apostar em localizações alternativas que sejam próximas das ruas principais e que se foquem noutros tipos de canais, como o online que pode ser visto como uma alavanca para estimular e suportar a expansão das mesmas”.

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