19 novembro 2013

O consumidor do futuro domina a tecnologia, gosta de lojas físicas e procura uma “experiência” de compra


Gerações mais jovens exigem mais dos centros comerciais. Segundo o novo inquérito da consultora imobiliária global CBRE, o consumidor europeu do futuro gosta de ‘tocar e sentir’ os produtos antes de os comprar, é um utilizador de tecnologia mais avançada e procura uma experiência de entretenimento nos centros comerciais. 


Contrariamente à perceção comum, a visita a uma loja para ‘tocar e sentir’ os produtos é considerada mais importante para as gerações mais jovens, com 86% dos jovens adultos (16-24 anos) a crer que a loja física é importante para o processo de compra online. Simultaneamente, esta faixa etária está muito mais familiarizada com a tecnologia digital do que as faixas etárias mais avançadas e a probabilidade de usar blogs ou redes sociais para avaliação de produtos ou comparação de preços é maior. 

De acordo com a nota de imprensa enviada ao IMOnews Portugal, o inquérito, que sondou as opiniões de mais de 10.000 pessoas em 10 países europeus, revela que os jovens adultos são os consumidores mais assíduos em todas as localizações e métodos, incluindo online, centros comerciais e comércio local. 

O consumo local está a tornar-se cada vez mais importante, em particular para os jovens adultos que visitam lojas locais para compras de moda, em média 19 vezes por ano. Os jovens adultos também compram com muita frequência nos centros comerciais urbanos ou nas lojas de rua em zonas prime devido à facilidade de acesso e à reduzida percentagem da população com automóvel. Os consumidores de todas as idades com rendimentos mais baixos planeiam usar o automóvel menos vezes para fazer compras no futuro, o que irá aumentar ainda mais a frequência geral das compras feitas localmente. 

Segundo Peter Gold, Diretor do Departamento de Cross-Border Retail da região EMEA da CBRE, “Os consumidores podem agora usar dispositivos móveis para aceder a códigos de descontos, usar os sites de redes sociais para partilhar opiniões, fazer comparações de preços e até fazer encomendas online em centros comerciais. Estas ferramentas só estão sedimentadas entre os consumidores jovens que começam a usar a tecnologia para pesquisar potenciais compras ou encontrar o melhor preço. Estes consumidores conhecem e esperam qualidade, mas não estão dispostos a pagar preços demasiado altos". 

Acrescenta ainda que “Os jovens consumidores ainda gostam da confiança de poderem ‘tocar e sentir’ um produto e é evidente que a loja física complementa o mundo online, atuando frequentemente como sala de exposição. Uma forte combinação de ocupantes que ofereçam qualidade e valor mantém-se essencial, mas os gestores devem também investir nas estratégias das lojas e em tecnologia digital. Características como cinemas, paredes digitais e utilização de tablets na loja irão contribuir cada vez mais para a experiência de um dia inteiro fora”. 

Entretenimento, lazer e serviços de restauração desempenham um papel chave na atração dos jovens consumidores aos centros comerciais. Cerca de metade dos jovens na faixa entre os 16 e os 24 anos consideram a existência de cinemas e bowling tão ou mais importante do que a experiência de compra. Os aspetos sociais de encontrar e passar tempo com os amigos (não necessariamente nas compras) também são mais relevantes para os consumidores com rendimentos mais baixos. No futuro, comprar nos grandes centros comerciais urbanos ou fora da cidade passará a ter mais importância para os mais jovens. Um quarto dos consumidores na faixa etária entre os 16 e os 34 anos espera fazer compras com mais frequência nos grandes destinos de retail, por comparação a apenas 12% da faixa etária entre os 55 e os 64 anos. 

O estudo ‘How We Shop - The Changing Face of Europe’s Consumer’ foi recentemente publicado no MAPIC. O estudo é o primeiro do género a inquirir mais de 10.000 pessoas em 10 países europeus para descobrir onde e como fazem as suas compras, de acordo com o seu perfil demográfico.

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