01 dezembro 2013

Procura para compra ainda supera arrendamento


Apesar da crise, a compra, venda ou arrendamento de casas continua a interessar uma parte dos portugueses, mesmo que seja a um ritmo mais brando.
O mercado adapta-se aos ciclos da oferta e da procura e, pelo facto de a venda de imóveis ter diminuído abruptamente nos últimos dois anos, esperava-se que o arrendamento funcionasse como tábua de salvação do imobiliário. Contudo, o mercado não acompanhou de imediato essa tendência e a procura, afinal, não foi a esperada, nem a rentabilidade dos espaços se tornou atractiva para os proprietários.

Face às restrições bancárias para a concessão de crédito à habitação, para muitos portugueses o arrendamento tornou-se a única opção no caso de pretender uma casa. E se até aqui a procura era na maioria para compra de habitação, no primeiro semestre deste ano, pelo menos em Lisboa e no Porto a procura pelo arrendamento já ultrapassou a compra.

No entanto, a média nacional representa só 45%, de acordo com o relatório do Portal CasaYes da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal - APEMIP. Isto significa que, no geral do país, a compra ainda é maioritária em relação ao arrendamento.

Segundo o último Market Outlook do Gabinete de Estudos da APEMIP, em Março deste ano o peso do arrendamento na procura residencial era de 46,13%, em Maio desceu para 43,06% e em Agosto recuperou apenas ligeiramente para 43,82%.

E estes números relativos à procura de arrendamento não significam que a oferta seja na mesma proporção à procura. Segundo o mesmo estudo, o peso do arrendamento na oferta residencial em Portugal era de 7,26% em Março deste ano, 7,58% em Junho e 7,55% em Agosto. Conclui-se que os níveis de oferta permanecem muito longe da procura que já existe no sector.

Oferta para venda de casas usadas domina

Quanto à oferta para compra, as casas usadas continuam em grande maioria, com 56,43%, enquanto as novas apenas representam 30,20%. Já as vendas em construção representam apenas 5,59% das habitações. Os T2 são as tipologias que mais se encontram disponíveis no mercado, com 41,38% e os T3 representam 31,95% da oferta.

Relativamente aos valores para venda, os T5 atingem uma média de 140.000 euros, os T4 117.000 euros, os T3 75.000 euros, os T2 ficam nos 59.800 euros e os T1 não vão além de 48.000 euros. Segundo o estudo, é no intervalo entre os 75.000 e os 125.000 euros que se encontram mais casas para venda, com 28,98%, seguido da faixa que vai de 125.000 a 175.000 euros, com 20,19% da oferta.

No caso do arrendamento os valores mínimos situam-se entre os 240 e os 650 euros; enquanto que os máximos abrangem um leque maior, entre 800 e 4.500 euros.

Fonte: SOL

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