16 setembro 2014

Investidores assumem mais riscos


O mercado imobiliário está mais dinâmico e o primeiro semestre deste ano registou um volume de investimento em Portugal bastante significativo, ainda que abaixo do valor registado em 2013, somando um total de 127 milhões de euros. Os investidores apresentam já uma maior disposição para assumirem riscos.


Segundo o último estudo da Worx Real Estate Consultants, os investidores apresentam já uma maior disposição para assumirem riscos, ainda que continuem a preferir os ativos prime, em boas localizações, com contratos de arrendamento alargados e inquilinos de confiança. 

De acordo com o estudo, há expectativa de que as transações envolvendo grandes portfólios imobiliários farão subir o volume de investimento anual. A tendência é também para uma maior atracão de marcas internacionais, através de investimentos em projetos, de reabilitação para comércio e hotelaria. 

Verifica-se ainda a manutenção da atractividade e da capacidade de atrair investimento interno e externo devido à existência de várias oportunidades de promoção imobiliária, bem como uma maior disposição dos bancos para o financiamento, além da melhoria nos indicadores económicos e de confiança, que pode levar ao desenvolvimento de vários projectos actualmente em standby. 

«Assistimos a uma total inversão do panorama face ao início de 2013, com um significativo número de investidores a querer entrar no mercado e com as oportunidades de investimento a escassear. Esta escassez pode traduzir-se numa reorientação da procura dos investidores para produtos até agora 'fora do radar'», revela Pedro Valente, responsável pelo departamento de Capital Markets da Worx. 

Edifícios da EDP foram a maior compra até agora 

Na verdade o mercado tem estado muito dinâmico, em especial nas transacções de escritórios e de retalho, que correspondem a 59% e 38%, respectivamente, do volume total de investimento. O estudo revela ainda que a maior transacção até agora foi a compra pela GA Capital (investidores norte-americanos) do portfólio de imóveis ocupados pela EDP no Marquês de Pombal. 

Regista-se também uma descida gradual das prime yields em todos os segmentos, à excepção do industrial e do de logística. 

Também a acentuada procura por activos prime leva a uma maior concorrência no mercado, o que se traduz numa redução do tempo de concretização das transacções. À semelhança do que ocorre a nível europeu, o dinamismo do mercado está fortemente relacionado com investidores internacionais, em especial os fundos de investimento. O programa dos vistos gold também teve um forte impacto no volume de investimento, não só residencial mas também de retalho e edifícios para reabilitação.
Fonte: SOL

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