Dados referentes ao segundo trimestre estão a ser lidos do outro lado da fronteira como um sinal consolidado do fim da crise do mercado imobiliário. Já a carteira nas mãos dos bancos continuou a crescer.
É o maior sintoma de recuperação do mercado imobiliário espanhol desde 2008. O índice de preços das casas em Espanha aumentou 0,8% no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2013, representando a primeira subida desde o início da profunda crise deste sector no outro lado da fronteira.
Os dados do instituto de estatísticas de Espanha, publicados esta segunda-feira, 8 de Setembro, mostram um crescimento homólogo no preço das casas novas (1,9%) – o primeiro desde o quatro trimestre de 2008 – e também de 2% nas casas em segunda mão, a mais alta desde os últimos três meses de 2007.
A quebra mais profunda neste índice aconteceu no terceiro trimestre de 2012, quando baixou 15,2% face ao período homólogo. A partir daí, as descidas foram mais suaves, até acontecer agora esta primeira subida homóloga, que está a ser interpretada em Espanha como um sinal mais consolidado dessa tendência para o fim da crise no mercado imobiliário.
Ainda segundo o jornal El País, o País Basco foi a única região em que o preço das casas continuou a descer entre Abril e Junho (-1,4%), enquanto os maiores aumentos foram registados na Comunidade Valenciana (2,3%) e em Múrcia (1,2%).
Ainda assim, e apesar dos esforços para vender o quanto antes este tipo de activos, a carteira de habitações, escritórios, solos e outros imóveis nas mãos das 13 principais entidades financeiras do país continua a crescer. No primeiro semestre somou mais 6.100 milhões, para um total de 90.200 milhões, o valor bruto registado nos balanços dos bancos.
Fonte: Negócios
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