O arquiteto que recebeu da mão do presidente Barack Obama o mais importante prémio para a sua arte, o Pritzker, está crítico em relação à forma como a austeridade foi imposta aos portugueses: "É uma austeridade pouco democrática."
Para Souto de Moura "são migalhas poupadas porque o problema não está aqui. Há cem gestores que ganham cinco vezes mais que Cavaco Silva e as suas empresas dão prejuízos que são 10% do défice e nada se faz aí".
Souto de Moura contesta também a falta de respeito para com o património e a cultura nacional: "A única coisa que Portugal tem é a cultura - e tem-na para vender. Como a cultura hoje é um negócio e não um estado de espírito intelectual, é errado o que se faz. OCentro Pompidou existe é um negócio; o MoMA também; o Rainha Sofia igual, portanto, a cultura é das poucas coisas que nós podemos vender neste país." E aponta o caso da anunciada extinção da Fundação Paula Rego como exemplo do que está mal a nível de medidas tomadas para moralizar as despesas.
Sobre a intervenção que outros profissionais estão a executar no premiado estádio do Braga, Souto de Mora evita falar. Apenas explica que o vão descaracterizar e é uma intromissão.
*Arquiteto
Fonte: DN
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