18 fevereiro 2013

Empresas portuguesas vão construir 75 mil casas na Argélia


Portugal assinou hoje quatro protocolos com a Argélia no valor total de mais de quatro mil milhões de euros para a construção de 75 mil habitações e importação de material de construção civil, anunciou o ministro da Economia e do Emprego.

Álvaro Santos Pereira está na Argélia desde sábado com uma comitiva de empresários portugueses para a formalização de acordos entre empresas portuguesas e argelinas com vista à construção de habitações naquele país do norte de África.


Em declarações à agência Lusa, o ministro da Economia e do Emprego adiantou que estes acordos são resultado de trabalho feito durante o último ano e revelou que os objetivos iniciais foram já ultrapassados.

"Nós viemos para Argel já sabendo que havia pelo menos três protocolos que iam ser assinados entre empresas argelinas e empresas portuguesas que iam dar azo a 65 mil casas, mas as coisas estão a correr muito bem cá e, por isso mesmo, houve um reforço desse entendimento e neste momento já temos quatro protocolos, onde se prevê a construção de 75 mil casas", adiantou Álvaro Santos Pereira.

Acrescentou que em causa estão valores superiores a 4 mil milhões de euros, valor que poderá "chegar perto" dos 5 mil milhões de euros caso se consiga assinar outros dois protocolos, previstos para meados de março.

Os contratos assinados estão nas mãos de quatro construtoras portuguesas, estando previstos 20 mil fogos para o grupo Prebuild, que está igualmente envolvida na exportação de material de construção, 25 mil fogos para a empresa Paínhas, outros 20 mil para a Lena Construções e 10 mil para a Gabriel Couto.

Álvaro Santos Pereira explicou que para além da construção das habitações, está prevista a exportação de "muito" material de construção para a Argélia, entre equipamentos e conhecimentos técnicos.

"Quando falamos em 75 mil casas, estamos a falar em mais exportações para o nosso país, em mais internacionalização de um setor que está em crise em Portugal, e estamos a falar em mais emprego", salientou o ministro, acrescentando que a construção das habitações na Argélia será feita também com mão-de-obra portuguesa.

O ministro disse ainda que acredita que esta parceria com a Argélia continuará a ser reforçada e que poderá ser alargada a outras empresas portuguesas.

No setor da construção, além daquelas quatro empresas acompanham o ministro a Vallis e a RECER.

Na comitiva seguem também representantes de empresas de outras áreas.
Fonte: Dinheiro Vivo

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