08 maio 2013

Espera-se um maior dinamismo no investimento imobiliário em 2013


No primeiro trimestre deste ano, verificou-se um aumento no nível de confiança dos investidores estrangeiros no mercado português e, consequentemente, no interesse por estes manifestado pelos ativos imobiliários comerciais.

A situação mais relevante resultou na aquisição de 50% do CascaiShopping pela Sonae Sierra, em parte detida pelo grupo britânico Grosvenor, ficando a controlar a totalidade deste centro comercial. Para além desta transação, verificaram-se outros três negócios, que incluem dois edifícios de escritórios no CBD e um imóvel afeto à atividade turística no centro histórico de Lisboa. Com exceção da Sonae Sierra, os restantes investidores são de origem nacional.
A CBRE estima que o valor destas quatro transações verificadas no primeiro trimestre do ano seja superior ao montante total do ano transato. Evidentemente, a aquisição de 50% do CascaiShopping representou uma parte significativa do volume de investimento do período em análise. 

Apesar de um maior interesse revelado pelos investidores estrangeiros, os tradicionais fundos institucionais deverão manter uma posição de prudência face ao nosso mercado, e em 2013 os compradores mais ativos deverão continuar a ser os investidores privados e os especializados, bem como os family offices.

O investimento no imobiliário comercial na Europa totalizou 29,4 mil milhões de euros no primeiro trimestre de 2013, em comparação com 26,5 mil milhões de euros no primeiro trimestre de 2012. Depois de um final forte do ano de 2012 seria de esperar que o investimento retrocedesse. Contudo, os níveis de atividade nos mercados core - Reinou Unido, França e Alemanha - aumentaram significativamente face ao primeiro trimestre de 2012, resultando num primeiro trimestre de 2013 mais forte do que o previsto.

Jonathan Hull, Diretor do Departamento de Capital Markets da região EMEA da CBRE, comenta: “Com a Europa ainda em recessão, os investidores continuam a concentrar-se em mercados core, refletindo-se no desempenho de mercados como Londres, Paris e as cidades alemãs nos últimos meses. Há ainda sinais de que os investidores estão a analisar mais ativamente os mercados do sul da Europa, dado que começam a procurar rendimento em vez de apenas preservarem o capital. O aumento dos níveis de confiança na economia da Irlanda conduziu a indícios de recuperação, com o país a registar o mais elevado nível de atividade desde o seu pico mais elevado em 2007”.

Por Cristina Arouca, Associate director na CBRE

Fonte: OJE/CBRE

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