O valor médio das residências de luxo nas principais cidades do mundo caiu 0,4% no primeiro trimestre de 2013, embora a taxa anual se tenha mantido positiva, nos 3,6%. De acordo com o Prime Global Cities Index da associada internacional da WORX, o valor das propriedades prime caiu cerca de 0,4% no primeiro trimestre de 2013, contudo, os valores prime registados em 29 cidades do índice aumentaram em cerca de 3,6% até Março de 2013 e as cidades europeias registaram o desempenho mais fraco, em média uma queda de 2,9%.
Jacarta foi o mercado prime residencial com o melhor desempenho (com um aumento de 38,1%) e o Tóquio foi o mercado prime residencial com o desempenho mais fraco (com uma descida de 17,9%) nos últimos doze meses.
Segundo o estudo Jacarta, Banguecoque e Miami estão no topo da tabela este trimestre, registando um crescimento anual de 38,1%, 26,1% e 21,1%, respectivamente.
As medidas destinadas a arrefecer o crescimento dos preços residenciais em Jacarta e Banguecoque são menos rigorosas do que as aplicadas em muitas cidades asiáticas vizinhas, permitindo que a nova riqueza da classe média aumente a procura e eleve os valores prime. No caso de Miami, a riqueza da América Latina é o principal motor do mercado de luxo, sendo que o fluxo de capital proveniente do Brasil, Venezuela e Argentina se tem provado crucial.
Cidades na Ásia, América do Norte e no Médio Oriente continuam a dominar a metade superior da tabela de resultados, enquanto sete dos dez últimos ocupantes do ranking correspondem a cidades europeias.
Uma propriedade prime vale agora mais 21,3% do que em 2009
Uma típica propriedade prime vale agora mais 21,3% do que no segundo trimestre de 2009, quando o Prime Global Cities Index atingiu o seu mínimo post-Lehman.
Oito cidades registaram até Março deste ano um crescimento nos valores em dois dígitos. De destacar a performance das cidades europeias de São Petersburgo e Mónaco. O valor das propriedades de luxo no Mónaco aumentou 10% nos primeiros três meses de 2013, na medida em que o interesse internacional cresceu e a oferta de apartamentos, especialmente acima de 10 milhões de euros, se mostrou limitada.
Tóquio registou a maior queda
Tóquio, ao registar uma queda de 17,9% nos valores prime, foi a cidade com o desempenho mais fraco em Março de 2012. No entanto, após quase 15 anos de deflação, o Banco do Japão anunciou medidas radicais de flexibilização monetária, e como resultado disso, o sentimento empresarial, bem como a procura por imóveis prime está agora a fortalecer-se.
Ao contrário do Japão, os governos da China, Hong Kong, Malásia e Singapura enfrentam o oposto, tentando conter o crescimento. Os decisores políticos da Ásia estão a introduzir mais restrições ao crédito, impostos e regulamentos, e a força destas medidas foi-se intensificado nos últimos meses.
Nova Iorque também em queda
A queda também de 9,9% nos valores de propriedades prime de Nova Iorque nos três primeiros meses de 2013 é um reflexo da pressão em efectuar vendas no último trimestre de 2012, antes do precipício fiscal que levou a um início do ano mais lento.
Desde 2009 que o Prime Global Cities Index registou repetidamente um ritmo de crescimento mais fraco no primeiro trimestre do ano. Como resultado, espera-se que se assista a um crescimento mais forte no segundo trimestre, com compradores a procurar activos de luxo como uma forma de “abrigar” os seus bens da contínua turbulência da Zona Euro e de uma frágil economia mundial.
Fonte: Diário Imobiliário
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