05 junho 2013
Portugal ainda pouco eficiente a nível energético
Nas cidades onde se concentra a maioria do edificado uma gestão ineficiente de edifícios provoca um consumo de cerca de 40% da energia mundial, representa 21% das emissões de Co2 e é responsável por 60% de custos em operação e manutenção. De acordo com a EDP os edifícios em Portugal consumiram um total de 29 TWh de energia eléctrica em 2011, o que representa 60% da energia eléctrica total consumida no nosso país.
Estes números mostram que é urgente tomar medidas para uma eficiência energética ao nível dos edifícios e as certificações energéticas obrigatórias podem ajudar nesse caminho. Segundo o Market Outlook de Maio de 2013, do Gabinete de Estudos da APEMIP – Associação dos Profissionais e das Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, com base nos dados da Agência para a Energia - ADENE, os certificados energéticos emitidos nos últimos meses reflectem também o estado do mercado imobiliário português. Após uma subida em flecha no ano de 2008 (depois da obrigatoriedade legal), o número de certificados emitidos começou imediatamente a descer.
Dos 2.000 certificados emitidos em Dezembro de 2008 passou para os 19.000 em Janeiro de 2009 e em em Abril desse ano começou a descer a pique até agora. Em Setembro de 2012 foram emitidos 5.579 depois nos meses seguintes subiram ligeiramente até aos 6.775 em Novembro desse ano mas em Dezembro regressaram aos 5.865 e em Fevereiro deste ano já estava nos 5.288.
Nestes certificados emitidos, a classe que mais dominou foi a C com 1.115, seguidos da classe B- com 910 e a B com 821. A classe mais eficiente A+ foi alcançada por 178 edifícios e a pior classificação G ainda foi atribuída a 173 edifícios.
Edifícios de serviços ainda longe da eficiência energética
Os edifícios de serviços são os que obtêm as piores classificações relativamente à eficiência energéticas. Infelizmente a pior classe a G foi atribuída a 183 edifícios, ou seja muito mais do que a maioria dos edifícios. A classe B- teve 109 e melhor classe a A+ apenas quatro edifícios.
Nestes, os pequenos edifícios sem sistema de climatização foram os que mais pedidos fizeram para a certificação (527), aos grandes edifícios foram emitidos 85 certificados e pequenos edifícios com sistema de climatização 24.
As lojas foram as que mais obtiveram certificados com 490, seguidas dos armazéns (75), escritórios (40), hotéis (21) e centros comerciais (9).
Ainda dentro dos serviços os edifícios construídos depois de 2010 foram os que mais necessitaram de certificados energéticos (170).
Classe C domina nos edifícios residenciais
No que diz respeito ao edificado residencial o panorama é mais animador. A classe C que fica a meio da tabela domina com 1.115 certificados emitidos nesta classe energética. As classes que apontam as fragilidades ao nível da eficiência energética foram as que passaram menos certificados.
No que diz respeito às tipologias, o T3 foi o que mais se destacou com 1.551 certificados, seguido do TT2 com 1.450.
Os edifícios construídos depois de 2010 foram os que dominaram com 1.738 certificados.
Nos projectos de reabilitação os números têm-se mantido estáveis. Tanto nos projectos residenciais como nos serviços. Apesar dos números mostrarem que nos edifícios reabilitados para serviços apresentam mais pedidos para certificados, o que corresponde que a reabilitação está mais activa neste segmento.
Fonte: Diário Imobiliário
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
0 comentários:
Enviar um comentário
Obrigado pelo seu comentário.