18 novembro 2013

Cultura do proprietário vai continuar a dominar o mercado


Preços dos imóveis têm vindo a estabilizar, daí ser considerada uma boa altura para fazer um bom negócio.
A "cultura do proprietário" continua a existir e deverá manter-se em Portugal apesar de estarmos a assistir a uma diminuição dos pedidos de crédito para a compra de casa. Como tal, este peso da casa própria poderá começar a diminuir com o crescimento do mercado do arrendamento.

"Nos últimos tempos, temos assistido ao crescimento do arrendamento que se deverá manter (por ser visto como uma solução mais flexível face à compra de casa e ajustada ao contexto do país). Teremos a médio prazo um mercado que será composto pelas duas realidades", explica Miguel Poisson, diretor-geral da ERA. Já a Beatriz Rubio, CEO da Remax Portugal salienta que "já podemos assistir a uma recuperação do mercado e da economia e acreditamos que a tendência de ter casa própria volta a ganhar força".

As facilidades no acesso ao crédito foram apontadas pelo administrador da Century 21, Ricardo Sousa, como as principais razões deste elevado número de proprietários. "Esta predominância deve-se, por um lado, aos excessos cometidos pelos operadores de mercado que nos levaram a passar de uma taxa de proprietários que nos anos de 90 rondava os 60%, para os quase 80% registados nos dias de hoje, mas também ao aumento da concessão de crédito para habitação. Em 20 anos, o crédito à habitação cresceu seis vezes mais do que o rendimento disponível", refere a mesma fonte. No entanto, o responsável admite que dos quatro milhões de proprietários existentes atualmente é natural que cerca de 300 mil famílias se tornem inquilinas nos próximos anos.

ESTABILIZAÇÃO 

De acordo com as mediadoras contactadas pelo i, esta pode ser uma boa altura para comprar casa, já que estamos a assistir a uma estabilização dos preços. "Este é o melhor momento para investir no mercado imobiliário. Nunca é nos picos do mercado ou no fundo do ciclo que se fazem os grandes negócios. Estamos claramente na "zona segura de investimento": as excelentes oportunidades de imóveis da banca, as taxas de juros historicamente baixas, proprietários com urgência em vender as suas casas, uma forte procura no arrendamento e os valores atuais dos imóveis fazem deste um excelente momento para investir na aquisição de um imóvel", salienta Ricardo Sousa.

Também Beatriz Rubio diz que os preços dos imóveis nunca estiveram tão baixos e, por isso mesmo, "não conseguiremos saber se irão baixar mais". Aliás, de acordo com a mesma, se compararmos os valores de venda de 2012 com os de 2013 não se encontra uma descida significativa, já que anda na ordem dos 5%.

Miguel Poisson lembra, no entanto, que esta estabilização de preços não poderá ser generalizada, uma vez que, "dentro de um concelho, de uma freguesia, de um bairro e até na mesma rua podem existir grandes diferenças na avaliação das casas". O responsável vai mais longe e diz ainda que ""não há nenhuma forma 100% garantida de prever a evolução do mercado. Teremos casos em que se verifica uma desvalorização, noutros uma estabilização e em alguns casos uma valorização francamente positiva".

Fonte: iOnline

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